Para refletir, para acordar, para chorar

Dilacerante a reportagem abaixo do Câmera Record, programa jornalístico exibido em fevereiro pela TV Record.

Este é o Nordeste. Este é o retrato do Brasil desamparado que luta pela sobrevivência.

Este é o Nordeste que Lula da Silva e o PT dizem que tiraram da pobreza.

O PT e seus arraigados apoiadores têm sofisticadas técnicas para distorcer a verdade. Mas a verdade está aí, nua, crua, inegável, inescondível.

Quem não conhece a região Nordeste e a miséria que dilacera a vida dos que ainda sobrevivem por lá nos locais mais inóspitos acredita na conversa desses impostores.

Há pessoas que conhecem o Nordeste apenas pela televisão e redes sociais e não têm a mínima ideia do que seja uma região entregue a políticos inescrupulosos durante seguidas décadas, séculos até.

Na região Nordeste, como noutras partes do Brasil, ainda vale o tapinha que os políticos embusteiros dão no ombro do eleitor, em época de campanhas eleitorais. Eleitos, viram as costas para a população, desaparecem, vão cuidar dos seus interesses pessoais. É regra, não é exceção. Os exemplos estão aí claros. Assim se sustentaram as oligarquias, assim se sustentam os políticos até hoje.

O nordestino é humilde, hospitaleiro, simplório, gosta de atenção, atenção esta que quase sempre vem em forma de interesses escusos de políticos malandras.

Sou nordestino da caatinga. Conheço bem. Ninguém me contou nada disto. Eu vi. Ainda é assim, continuará assim.

A pobreza no Nordeste existe há séculos. Não é culpa do PT. Seria insensato dizer isto. O PT não pode ser responsabilizado por tudo. O que está errado é o PT e Lula da Silva alardearem, acintosamente, que exterminaram a pobreza ou quase toda ela.

Não sei se é cara de pau ou menosprezo à inteligência alheia, inclusive dos nordestinos que sofrem.

Dados recentes noticiados pela imprensa dão conta de que há, pelo menos, 52 milhões de pessoas no Brasil, abaixo da linha da pobreza, isto significa dizer que essas pessoas vivem em condições subumanas. Ou seja, não comem ou, se comem, o pouco que comem não é suficiente para eliminar a fome. Moram em situações de risco, expostas a intempéries, insetos, insegurança, fome, descaso do poder público, etc.

Até dezembro de 2017, o programa bolsa família do governo federal atingiu aproximados 13,4 milhões de brasileiros. É pouco nesse universo de desamparados.

Entretanto, esse programa assistencialista, apesar de valioso, não resolve a situação da extrema pobreza. O que resolve é a adoção de pesados investimentos da União, estados e municípios que atinjam educação, saneamento básico, saúde, moradia, produção de alimentos, preparo escolar e técnico de jovens e, sobretudo, uma política perene e constante com o intuito de permitir opções para que os necessitados se levantem e andem de acordo com sua própria vontade e não dependam de promessas mirabolantes de políticos e governos irresponsáveis.

Outro dia o governador do Piauí Wellington Dias (PT) emocionou-se diante das câmeras de televisão, porque foi eleito para o quarto mandato.

Não sei se Sua Excelência se emociona ao transitar nos paupérrimos municípios do seu estado, principalmente na zona rural, onde a cara da fome é o retrato mais presente, inclusive Guaribas, objeto da reportagem do Câmera Record.

Sintomático que esse município visitado pela reportagem tenha sido escolhido por Lula da Silva para lançar o fracassado programa Fome Zero, que os governos petistas de Lula e de dona Dilma Rousseff foram abandonando no meio do caminho, ao tempo em que dilapidavam os cofres públicos de estatais e afins.

Nesta campanha eleitoral, o Nordeste está, mais uma vez, diante do fogo cruzado de petistas e aliados de um lado e, de outro lado, não petistas e seguidores de outras denominações partidárias.

Trata-se de uma imbecilidade, que nada acrescenta aos moradores da Região, mormente os desesperançados e expõe as vísceras e a falta de caráter dos políticos regionais ou com interesses e ramificações nacionais.

O Nordeste é dono de sua vontade, queiram ou não os idiotas de plantão.

A reportagem a que me referi acima é do jornalístico Câmera Record. Ei-la:

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