Lula da Silva e a solidariedade dos sergipanos

“Se eu não consigo aliviar o sofrimento de todos os homens, pelo menos mato a sede daqueles que já estão caídos” (frase atribuída ao patriarca bíblico Lot)

Lula da Silva sempre teve bons amigos em Sergipe.

O advogado Marcelo Déda (1960-2013) era um desses amigos fiéis da predileção do ex-presidente.

Marcelo Déda desempenhou uma carreira brilhante. Foi prefeito de Aracaju, deputado estadual, deputado federal e governador, eleito em 2006 e reeleito em 2010. Faleceu no exercício do mandato.

Quando governador, Marcelo Déda se destacou no combate à criminalidade, dentre outras ações firmes de seu governo em Sergipe.

Marcelo Déda foi um dos quadros respeitáveis do Partido dos Trabalhadores (PT), que levou a política a sério.

Eliane Aquino (PT), viúva de Marcelo Déda, compôs a chapa do governador eleito de Sergipe para os próximos quatro anos, uma saudável contribuição ao próximo governo estadual.

Lula mantém uma esteira de admiradores em Sergipe. É natural que seja assim. Não obstante preso, continua líder, não somente em Sergipe, mas ostenta sólida influência em todo o Nordeste.

Nos últimos dias, pessoas recolheram assinaturas no calçadão do centro de Aracaju.

Essas assinaturas vão lastrear o Cartão de Natal que os sergipanos pretendem enviar para  Lula nessa quadra difícil que ele está passando em Curitiba.

A humanidade está vivendo momentos de incompreensão, egoísmo e violência, mas sempre há lugar para uma pausa e expressão de solidariedade.

As misérias do processo penal não devem excluir a solidariedade, nem a reflexão. Nunca.

A condição humana é imponderável. Será sempre.

Os sergipanos estão sendo solidários a Lula, mesmo simbolicamente.

A prisão dilacera, diminui, aniquila.

Lula precisa dessa solidariedade.

araujo-costa@uol.com.br

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