“Uma grande tarefa não se realiza com homens pequenos” (Stuart Mill, filósofo britânico, 1806-1873)
Num ato de truculência, deselegância e incivilidade, os governadores dos nove estados do Nordeste se recusaram a comparecer à posse do presidente da República Jair Bolsonaro.
A região Nordeste sustenta o petismo de Lula da Silva, mas os governadores de lá não sabem que foram eleitos para governar para suas respectivas populações e não para Lula da Silva ou Jair Bolsonaro.
Pequenos e grosseiros, os governadores nordestinos confundem oposição com falta de educação. Dizem que fazem parte da resistência.
Que resistência? Discordar da vontade soberana da maioria dos brasileiros é resistência ou pequenez política?
Isto tem outro nome: imbecilidade.
Quem disputa eleições e não aceita a vontade das urnas é demasiadamente contraditório. Mais do que isto, é despreparado para exercer o honroso cargo de governador de estado.
Os governadores nordestinos foram eleitos pela maioria, legitimamente, assim como foi o presidente Jair Bolsonaro. Qual a diferença disto no que tange ao resultado democrático?
A relação entre o presidente da Republica, seja Bolsonaro ou qualquer outro e os governadores dos estados, deve ser estritamente institucional, independentemente dos partidos políticos a que pertencem.
Entretanto, os governadores do Nordeste descambaram para a promiscuidade político-partidária. São míopes, obscuros, despreparados para exercerem grandes tarefas. Estão longe das lições dos estadistas.
Qualquer estudante secundarista sabe que é soberana a escolha da maioria, através do voto. Mas os governadores do Nordeste acham que a maioria somente vale quando a favor deles.
Os governadores nordestinos demonstraram pequenez, falta de grandeza política. Não conseguem descer do palanque, tampouco abrir mão da hipocrisia eleitoral.
Demagogos, os governadores elevam seus interesses políticos provincianos acima das necessidades da população. A população requer o amparo e atenção do poder público pouco importa se o governador é do partido A, B ou C.
O Estado do Ceará está passando por grave crise na segurança pública. Espremido entre a incompetência e o dever de governar, o governador Camilo Santana (PT) pediu socorro ao governo federal, que mandou pra lá, imediatamente, agentes da Força Nacional de Segurança, com o intuito de combaterem a ação atrevida e cruel dos criminosos.
O Ceará está à mercê do tráfico de drogas. Mandam nos presídios de lá os chefes de quadrilhas e não o governo do estado, que é fraco e politiqueiro.
Ora, mas o governador Camilo Santana é do PT. Cadê a eficiência que o partido tanto alega?
Imaginemos, por hipótese, que o governo federal se negasse a socorrer o governador Camilo Santana, simplesmente porque é do PT. Seria o caos institucional, o desgoverno, o desamparo à população cearense.
Todavia, nem Camilo Santana e nem os demais despreparados governadores do Nordeste sabem fazer a distinção entre alhos e bugalhos e por isto não foram à posse do presidente da República. Apequenaram-se politicamente.
Stuart Mill sempre atualíssimo: “Uma grande tarefa não se realiza com homens pequenos”.
Os governadores do Nordeste são pequenos demais.
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