A patacoada do deputado do PSOL

Baiano de Alagoinhas, o deputado federal Jean Wyllys foi eleito pelo PSOL do Rio de Janeiro, um puxadinho do PT.

Em oito anos de mandato parlamentar, o único feito em que se destacou na Câmara dos Deputados foi ter cuspido no então colega e deputado Jair Bolsonaro.

Agora, Jean Wyllys inventou uma patacoada para chamar a atenção.

O deputado anunciou que renunciará ao mandato de deputado e passará a viver na Europa, possivelmente na Espanha, não se sabe ao certo.

O deputado defende com unhas e dentes ditadores de países como a Venezuela e Cuba,  por exemplo, mas ao pretender exilar-se voluntariamente, escolheu para morar em país com ares democráticos e não nas ditaduras que enaltece.

Talvez sua escolha se deva ao fato de que na Europa não correrá o risco de passar fome como aconteceria se tivesse escolhido a socialista Venezuela, que tanto defende.

O pessoal da esquerda é assim. Apregoa aos quatro cantos que defende os pobres, mas adora desfrutar de riquezas: palácios, jatinhos, caviar, vinhos caros, uísques envelhecidos, hotéis cinco estrelas, passeios glamorosos, lugares elegantes e muito dinheiro no bolso, desde que dinheiro público.

Exemplo clássico aconteceu no estreante governo Lula da Silva.

Um dos filhos de Lula e amigos se deslocaram de São Bernardo do Campo para Brasília, em avião da Força Aérea Brasileira, para tomarem banho de piscina no Palácio da Alvorada e Granja do Torto, residências oficiais da presidência da República, que ainda não conheciam.

Tudo custeado pelos pagadores de impostos. Ficaram deslumbrados.

Os esquerdistas defendem a socialização dos bens públicos, desde que a maior parte fique com eles. É como dizia o poeta maranhense Ferreira Gullar: “De tanto defenderem os pobres os petistas acabaram ficando ricos”.

Políticos sérios da esquerda do Brasil, se vivos fossem, estariam rindo da atitude de Jean Wyllys. Esses políticos foram exilados, em situações extremamente difíceis, tendo em vista a robustez de suas ideias e não com o intuito de fazer barulho politiqueiro.

Homens da envergadura de Waldir Pires, Darcy Ribeiro, Miguel Arraes, Juscelino Kubitscheck, Leonel Brizola, João Goulart, et cetera, amargaram exílio, mas o fizeram com absoluta seriedade para não abdicarem das ideias que defendiam.

Os exemplos de exilados sérios são muitos. Um deles, o jornalista Fernando Gabeira está aí para contar.

O exílio era uma necessidade, em razão da situação política adversa e não uma escolha hilária, como pensa o deputado Jean Wyllys.

Entretanto, parece que o deputado Jean Wyllys quer ficar famoso no mundo inteiro, já que a única fama que adquiriu no Brasil foi ter participado do desprezível programa Big Brother, da TV Globo, que lhe deu o passaporte para a política.

Há fumaça. Basta atentar para a história política do suplente dele, também do PSOL, que é casado com um jornalista que se envolveu em espionagem e acabou se tornando mundialmente conhecido.

Por mais que seja adversa a situação política no Brasil, não parece ser caso de autoexílio. O Brasil está democraticamente nos trilhos.

Quanto ao deslumbramento do filho de Lula da Silva, a matéria está aqui:

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0601200513.htm

araujo-costa@uol.com.br

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