Caetano, deputados baianos e outras inutilidades

“De tanto defenderem os pobres, os petistas acabaram ficando ricos” (Ferreira Gullar)

Caetano Veloso e o bispo

O cantor e intelectual baiano Caetano Veloso se sentiu ofendido porque, em ambiente fechado, o bispo titular do Ordinariado Militar do Brasil, circunscrição eclesiástica vinculada à Santa Sé, andou falando umas asneiras sobre o cantor.

Caetano Veloso quer interpelar o bispo judicialmente, o que dará em nada. A suposta ofensa, pelo que se sabe, foi dita na missa em que os militares lembraram o movimento de 1964, também conhecido por seus idealizadores como Revolução Redentora.

Os militares sempre lembraram o movimento de 1964 nos quartéis. Não há nenhuma novidade nisto. Neste ano a turma do “politicamente correto” entrou em ação para evitar os eventos militares nos quartéis, até judicialmente. Sem êxito.

O bispo fez referência à canção É proibido proibir, que Caetano lançou em 1968, ano do acirramento da repressão política.  

Interessante é que Caetano Veloso não gostou da palavra “imbecil”, que o bispo teria pronunciado ao se referir ao cantor, expressão que Caetano tanto gosta e faz parte de seu vocabulário com frequência.    

Escritório comercial do Brasil em Israel

O presidente Jair Bolsonaro resolveu criar um escritório comercial do Brasil em Jerusalém.

Trata-se de repartição estritamente comercial, sem nenhum viés ou status diplomático, de sorte que a Embaixada do Brasil continua em Tel Aviv e nada muda no pensamento do Brasil relativamente aos palestinos. Desde 1947 o Brasil vem acentuando a amizade com os palestinos em todos os governos. É uma tradição diplomática e de solidariedade.

Entretanto, para fazer barulho, a esquerda se alvoroçou e a imprensa que a apóia deu destaque ao assunto com o intuito de ofuscar a viagem internacional do presidente.

Os países importadores de alimentos Halal  – lícitos e permitidos, segundo as leis e jurisprudência islâmicas – ficaram melindrados com a decisão do presidente brasileiro. Nada preocupante. Questão de somenos.

Nada muda, nada mudará. Os países islâmicos continuarão a importar carnes de frango e bovina do Brasil, para o consumo dos muçulmanos, como sempre fizeram, por uma razão muito simples: o mercado brasileiro é significativo e lucrativo para eles.

Os muçulmanos não compram produtos brasileiros porque o presidente é ideologicamente A ou B, mas porque o mercado interessa ao mundo islâmico. O resto é balela.

Deputados estaduais baianos

Deputados estaduais petistas da Bahia e outros desocupados querem formar uma frente parlamentar na Assembleia Legislativa para discutir a prisão de Lula da Silva, a surrada campanha “Lula Livre”.

Eles escolheram a estrutura da Assembleia Legislativa. O dinheiro que será gasto com essa maracutaia certamente não sairá do bolso de Suas Excelências, mas do sofrido povo baiano.

O pretexto é defender a liberdade de Lula para que, supostamente, o morubixaba cuide dos pobres. Ferreira Gullar estava certo.

A prisão de Lula, que não é política, mas comum, deve ser discutida nos tribunais e isto a defesa do ex-presidente está fazendo irrepreensivelmente bem. São advogados renomados, competentes, reconhecidos, brilhantes. E bem pagos.

Os deputados do PT baiano e seus penduricalhos (PCO, PSOL e PC do B) estão apequenando a Bahia.

Uma vergonha para a memória de Otávio Mangabeira, Antonio Balbino, Tarcilo Vieira de Melo, Manoel Novaes, Aliomar Baleeiro, Lomanto Júnior, Waldir Pires, et cetera.

São ociosos à procura de destaque na mídia.

Os opacos deputados petistas da Bahia querem se pendurar na fama de Lula da Silva com o intuito de adquirir destaque na imprensa e tapetar o caminho em direção às eleições vindouras.

Não obstante sua condição atual, Lula ainda tem poder de erguer políticos medíocres. É o que ele sempre fez com maestria.

araujo-costa@uol.com.br

 

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