Morte em Aracaju e a insensatez da deputada

A segurança do estado de Sergipe está entregue a um dos mais abalizados, experientes e sérios profissionais da área: o secretário de Segurança Pública, João Eloy de Menezes.

O Dr. João Eloy de Menezes é oriundo dos quadros da polícia judiciária de Sergipe e dedicado profissional. Respeitado nacionalmente, conhece, como poucos, assuntos de segurança pública, inclusive os meandros que cuidam da proteção de autoridades.

Em evento recente em Aracaju, um empresário do ramo de cerâmica cometeu suicídio na frente das autoridades, inclusive do governador do Estado e do almirante Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia.

Consta que o empresário entrou armado e estava sentado na segunda fila, muito próximo das autoridades. A tragédia poderia ter sido maior, embora por si só seja grande. A tragédia pessoal do empresário se circunscreveu a si próprio.

Em eventos dessa natureza, supõe-se que havia agentes federais e estaduais cuidando da segurança das autoridades, mas é razoável entender que não houve negligência dos agentes de segurança, até mesmo pelo nível de importância daquele empresário no estado.

Lá estavam o ministro, o governador Belivaldo Chagas (PSD), deputados, políticos de outras esferas e empresários do setor de gás, assunto de que tratava o evento.

Ventilou-se que o empresário estava enfrentando sérias dificuldades de ordem financeira em sua empresa, assim como enfrentam dezenas de milhares de empresas do Brasil.

Essa tragédia foi explorada politicamente pela insensata deputada Maria do Rosário, petista do Rio Grande do Sul, sobejamente conhecida pelo radicalismo e falta de seriedade política.

Referindo-se ao suicídio do empresário, disse a deputada: “O governo é como cupim que corrói até os ossos dos trabalhadores e empreendedores. Repúdio ao governo que gera morte”.

Uma insensatez. Atribuir o episódio ao novato governo federal, que está no poder há apenas seis meses é, no mínimo, falta de seriedade política. O PT de Maria do Rosário ficou no poder durante treze anos. Somam-se mais dois anos de Michel Temer, vice de dona Dilma e dos sonhos de Lula da Silva.

A herança petista está aí indubitável, inegável, incontrastável: aproximados treze milhões de desempregados, empresas falidas, economia em frangalhos e uma nítida e estúpida divisão do Brasil entre esquerda e direita.

Sergipe foi governado pelo PT durante alguns anos. E não se pode negar que o Estado experimentou avanços consideráveis, inclusive na área de segurança pública. Nem por isto se deve culpar o governo estadual por episódios isolados, estanques, inclusive em assuntos diretamente vinculados à segurança.

Os últimos governantes de Sergipe demonstraram seriedade em suas gestões, de sorte que o estado passou longe de escândalos, o que significa que não são os partidos políticos que definem o caráter de seus próceres.

Por aí se vê, que beira o idiotismo a deputada federal Maria do Rosário valer-se de uma tragédia pessoal para culpar o governo federal por esse infortúnio.

Fazer oposição não significa descer aos escombros da insensatez.

araujo-costa@uol.com.br

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