“Quem atira com pólvora alheia não mede distância” (Ditado popular)
Começo como uma pergunta que, evidentemente, nunca terei resposta, mas é meu direito fazê-la: por que deputados e senadores, geralmente ricos, quando precisam de médicos, não se utilizam do SUS?
O deputado federal Claudio Cajado (PP-BA) é um privilegiado, assim como outras tantos parlamentares desta terra de Santa Cruz.
No Brasil, chega a ser pleonasmo dizer que deputado é privilegiado. É redundância.
Sua Excelência o deputado Claudio Cajado, do Partido Progressista da Bahia, pediu reembolso de R$ 218 mil à Câmara dos Deputados para, segundo ele, amparar despesas médicas.
O deputado, que não é de ferro, foi ao médico e pediu à Câmara R$ 218 mil para pagar as despesas médicas.
Na Bahia não tem SUS?
Sem tugir nem mugir, a Câmara deu o dinheiro, até por uma razão bastante simples: o dinheiro não é dela, mas dos brasileiros.
Neste mesmo espaço, recentemente publiquei que outro deputado, desta vez o pastor Feliciano, pediu R$ 157 mil para ir ao dentista. Foi. E a Câmara pagou. Sem tugir nem mugir.
O artigo, para quem não leu, está aqui: https://araujocosta.blog/2019/08/05/o-sorriso-do-deputado-indecente/
A Câmara dos Deputados segue bem o provérbio popular: “Quem atira com pólvora alheia não mede distância”.
Alguma coisa deve estar errada no Brasil.
Ou tudo está errado no Brasil.
araujo-costa@uol.com.br