Quando o Supremo Tribunal Federal mandar soltar Lula da Silva, que será breve, o ex-presidente já anunciou que repetirá suas caravanas pelo Brasil para, segundo ele, resolver todos os problemas dos brasileiros e mostrar que o PT é a solução de todos os males, que ele mesmo ajudou a aumentar e criou outros tantos.
Lula da Silva será um guia de turismo às avessas. Quer mostrar aos milhões de brasileiros que nele acreditam e aos outros milhões, que não acreditam, que o PT vai fazer o que não conseguiu quando esteve no poder por aproximados quatorze anos.
O PT não conseguiu fazer o que Lula diz que o partido é capaz, por uma razão muito simples: durante o tempo em que esteve no poder se ocupou de locupletar-se a si, a seus dirigentes e apaniguados.
Estão aí, para provar, sobejamente: o mensalão, os assaltos à Petrobras, outras tantas conhecidas falcatruas e os depoimentos dos próprios comparsas, a exemplo do insuspeito ex-ministro petista de Lula e Dilma, Antonio Palocci, amigo de Lula e fundador do PT.
A esquerda critica a direita, mas quando assume o poder faz exatamente igual.
O cronista Mário Viana lembra que “os judeus, quando fugiram do Egito, vagaram quarenta anos pelo deserto em busca da terra prometida, conduzidos por Moisés, o pior guia de turismo da história”.
Lula da Silva, assim como Moisés, deve estar à procura da terra prometida, mas corre o risco de fracassar como guia turístico.
Na culminância de suas embromações, Lula da Silva dizia que o PT e ele tiraram milhões da pobreza. Fingia que dizia a verdade e extasiava-se porque seus seguidores acreditavam cegamente. Continuam acreditando.
Do alto de minha insignificância, estou torcendo para que Lula da Silva consiga seu objetivo.
Tirante as lorotas, ele deve ter aprendido alguma coisa no cárcere. Por exemplo: pisar no chão.
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