“A corrupção é um fenômeno sistêmico que cria, ele próprio, sua continuidade, permanência, persistência e expansão” (Modesto Carvalhosa).
Lulinha, filho do ex-presidente Lula da Silva, até o final de 2003 era monitor de zoológico, aliás, profissão digna, como milhares de outras profissões. Ganhava R$ 600,00 no final de 2003, primeiro ano da presidência do pai.
O pai se tornou presidente da República pela vontade soberana da maioria dos brasileiros. No período em que o pai de Lulinha foi presidente, o inteligentíssimo rapaz pulou da condição de monitor de zoológico para dono e controlador de um conglomerado formado por nove empresas encabeçado pela Gamecorp/Gol.
Mais: no período de 2004 a 2016 – governos de Lula e Dilma – o grupo econômico de Lulinha recebeu R$ 132 milhões de empresas que negociaram com os governos do PT, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público em andamento.
O jornalista Reinaldo Azevedo é mais claro:
“Já se sabia, em síntese, que, em novembro de 2003, Lulinha havia se tornado sócio de Fernando e Kalil Bittar, filhos de Jacó Bittar, amigo de Lula, numa empresa que acabou resultando na Gamecorp.
Também era sabido que a Telemar — uma concessão pública, com quase metade do capital dividido entre o BNDES e fundos de pensão — injetara nada menos de R$ 15 milhões no empreendimento, tornando-se sócia dos rapazes.
Que Lulinha era monitor de Jardim zoológico até o fim de 2003 e hoje é um milionário, disso nós já sabíamos, é fato. As oposições sempre evitaram tocar no assunto porque seria “questão pessoal”. Coisa nenhuma!
Até os 28 anos, esse rapaz ganhava R$ 600. Padre Vieira, conta a lenda, era um tanto idiota. Teria tido uma dor de cabeça, um desmaio, e acordado gênio. O episódio ficou conhecido como “O Estalo de Vieira”. Pois bem, já se pode falar de um “Estalo de Lulinha”.
O cara era monitor de zebra, paca e girafa até outro dia. O pai chega à Presidência, e ele se torna um fenômeno.” (Blog do jornalista Reinaldo Azevedo, 23/02/2017).
Reportagem do portal UOL de 10/12/2019 diz:
“A compra do sítio de Atibaia (SP) virou tema de investigação da Operação Lava Jato. A nova fase da operação, deflagrada hoje, apura suspeitas de que o imóvel foi adquirido com recursos oriundos de contratos superfaturados fechados pelo grupo Oi/Telemar com empresas controladas por Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”.
“Segundo o MPF (Ministério Público Federal), a Gamecorp/Gol, que tem o filho de Lula com um dos controladores, recebeu cerca de R$ 132 milhões da Oi/Telemar entre 2004 e 2016. Em troca, o grupo foi beneficiado pelo governo federal com “diversas decisões políticas e administrativas no setor de telecomunicações”, diz a Lava Jato. Lula foi presidente em quase todo o período investigado (2003-2010).
Lembrete:
Um dos sócios de Lulinha é o dono formal do sítio de Atibaia, que a OAS e a Odebrecht reformaram e mobiliaram para Lula da Silva, que até hoje ele não sabe porque as construtoras fizeram isto.
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