Salvo melhor juízo – e se minha esburacada memória não estiver sucumbindo ao abismo da envelhescência – padre Mariano Pietro Brentan chegou a Chorrochó em 04.01.1986.
Portanto, trinta e quatro anos se completam neste mês de janeiro de 2020, quando se realiza a tradicional festa do padroeiro Senhor do Bonfim. Sua destinação como pároco da Freguesia de Senhor do Bonfim de Chorrochó deu-se em 06 de abril de 1986.
Padre Mariano incumbiu-se da grandiosa tarefa de substituir o padre e primeiro vigário da paróquia, Ulisses Mônaco Conceição, ícone admirável da Igreja de Chorrochó e isto por si só se basta: tarefa ingente, honrosa, difícil, grandiosa.
Grande empreendedor, competente zeloso das coisas da Igreja, padre Mariano conciliou, com eficiência, enquanto à frente da paróquia, seu mister de sacerdote, pescador de homens, com um trabalho incessante em benefício de Chorrochó.
Angariou condições para construções voltadas à Igreja e, mais ainda, empreendeu uma admirável obra social direcionada aos paroquianos. São exemplos, salvo engano: a capela Nossa Senhora da Conceição e a construção do Centro Paroquial de Chorrochó.
Com a atuação do padre Mariano, a paróquia deixou de ser um núcleo essencialmente urbano para transformar-se num edificante exemplo de amparo às comunidades rurais de Chorrochó.
Conheci o padre Mariano Pietro Brentan em circunstância casual. Fui-lhe apresentado na residência de Maria do Socorro Menezes Ribeiro e Virgílio Ribeiro de Andrade, em Chorrochó. Socorro e Virgílio são exemplos edificantes de hospitalidade, amizade e cordialidade. Data inesquecível, memorável, agradavelmente interessante.
Impressionei-me com a decência, cultura e espírito de solidariedade demonstrada pelo padre Mariano, ilustre representante da Igreja Católica em Chorrochó, à época.
Educado, sonhador, responsável ao extremo pelo ofício religioso que lhe foi confiado, padre Mariano é, seguramente, um defensor intransigente da fé católica, que a exalta admiravelmente.
O que sei – e sei pouco de sua vida – é que é italiano nascido em 06.06.1938, ordenado em 08 de dezembro de 1985 em Euclides da Cunha e, em razão dessas decisões que a Igreja determina aos membros de seu clero, veio parar em Chorrochó.
É o que o Direito Canônico denomina de residente não incardinado, ou seja, uma liberação do religioso pela Igreja, para algum lugar, por determinado tempo.
Ele ficou em nosso meio, para alegria e benefício dos paroquianos de Chorrochó, por alguns anos. Sua presença era admirável, porquanto terna e essencialmente voltada para os assuntos da Igreja.
Dedicado, obediente às normas da Santa Sé universalmente aceitas, padre Mariano veio robustecer a história de Igreja de Chorrochó. Um fato louvável, espiritualmente valioso.
Padre Mariano Pietro Brentan é dedicado, culto, atencioso. Se eu pudesse, instituiria uma diocese e lhe entregaria. Ele, certamente, cuidaria muito bem dela, com seu talento de sacerdote e vocação de apóstolo de Cristo.
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