Fragmentos dispersos de Patamuté

Delanidia Matos (D.Didi) nasceu em Patamuté e mudou-se para São Paulo ainda na infância. Constituiu família na terra bandeirante e por lá vive até hoje, graças a Deus.

A idade de D. Didi não vem ao caso dizer aqui, para não arranhar o “politicamente correto”. Mas – sempre cabe um mas –  a título de registro histórico, presumo que esteja na casa dos noventa e dois anos.

Estar na casa de noventa e dois anos não significa dizer que a idade seja exatamente esta. Pode ser mais, pode ser menos.

Em Patamuté, a família de D. Didi fazia parte do que os antigos costumavam chamar “boa família”, ou seja, gente decente, ordeira, de caráter irrepreensível: a família Matos.

O Matos de D. Didi é da mesma estirpe do coronel Galdino Ferreira Matos (1840-1930), primeiro chefe político de Patamuté.  Por aí se vê, que D. Didi vem de família tradicional e, como tal, é um esteio que sustenta a história de Patamuté.

Galdino Ferreira Matos está enterrado na igreja de Santo Antonio de Patamuté. O enterro em igrejas era uma prática vinda dos portugueses, muito comum na Europa.

“Cabia à igreja ser a intercessora junto aos santos para que o morto tivesse garantida sua salvação. É desta forma, que no Brasil entre os séculos XVIII e XIX, as igrejas passaram a ser o espaço sagrado nos quais eram depositados os mortos e, embora inicialmente tais espaços fossem mais comumente destinados aos membros da igreja como o clero. Com o tempo criaram-se as condições necessárias para que a morada dos vivos fiéis também fosse igualmente a morada dos mortos” (Fernando Rodrigo e Jelly Juliane de Lima, Anais do III Encontro de Discentes de História da Universidade Federal do Amapá).

D. Didi tem um filho – Nelson Matos Cano – paulistano nascido no bairro do Ipiranga, em São Paulo, que se interessa muito pela história de Patamuté. E história, aqui, quer significar também cultura, tradição, costume do lugar e outras coisas mais.

Em data recente, Nelson Matos Cano se interessou em saber quais as maravilhas de Patamuté. Chegou até a sugerir uma votação para aquilatar quais são essas maravilhas.

Sugestão interessante. Quem sabe os professores das redes municipal e estadual de ensino baseados em Patamuté acatem a sugestão e estimulem essa votação. É uma forma de avivar nos estudantes o interesse pelo exercício democrático do voto.

São tantas as maravilhas de Patamute!

araujo-costa@uol.com.br

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