Agora, em tempo de pandemia, a turma do politicamente correto inventou mais um termo para jogar no dicionário das imbecilidades: “novo normal”.
Algum “gênio” desocupado inventou a expressão e parte da sociedade já encampou. Tudo agora e depois da pandemia – se ela acabar – será chamado de “novo normal”.
Não sei exatamente do que se trata, mas até os jornalistas da grande imprensa já estão falando nesse “novo normal”. A expressão não tem nexo e pendura-se no imaginário das idiotices.
É possível que esses jornalistas não saibam do que se trata, mas está na moda usar o termo “novo normal”. É chic, ainda mais agora que se esgotaram todas as novidades sobre coronavírus. Tudo é repetido.
Mas os entendidos no assunto estão dizendo que o “novo normal” é um padrão de comportamento a ser adotado pela sociedade, em razão do coronavírus, ou seja, a busca de outra normalidade que não a que estávamos acostumados a viver.
Daí, presume-se, a normalidade que vivíamos era anormal.
Apareceu um turbilhão de médicos “especialistas” em covid-19, concedendo entrevistas, ao vivo, nesses programas de televisão vazios de conteúdo, acusando o governo federal e endeusando governadores e prefeitos.
Alguns desses prefeitos e governadores que esses médicos “especialistas” elogiavam todos os dias foram flagrados surrupiando verbas públicas que o governo federal mandou para eles cuidarem dos pacientes de covid-19.
E os epidemiologistas, infectologistas e outros istas mais baixaram o tom da conversa.
Há uma pesquisadora da Fiocruz, especialista em dizer “fique em casa”. Quase todos os dias concedia entrevista à Globo News e repetia exaustivamente “fique em casa”.
Supunha-se que essa pesquisasdora ficava em casa. Ela pegou covid-19. Não se sabe como, já que “entende” tudo de pandemia de coronavírus e dava extensas lições na televisão.
Assim, o “novo normal” é mais um palavreado sem pé e nem cabeça. Se existe o novo normal, por analogia, também deve haver o velho normal, que nunca se ouviu falar.
O decano que já vai tarde
Ser decano do Supremo Tribunal Federal não quer dizer ser sábio. É o caso do ministro Celso de Mello, que vai se aposentar pela expulsória (está completando 75 anos de idade).
Tempo de serviço nunca foi sinônimo de sabedoria. Mas ele é visto por alguns colegas da Corte e pela grande imprensa como o suprassumo do Direito.
Só para lembrar, Celso de Mello é aquele famoso ministro que delineia suas decisões de acordo com a tendência da grande imprensa. Aliás, ele vai carregar essa fama, que adquiriu nos primeiros anos de sua investidura do cargo de ministro do STF, indicado pelo presidente José Sarney.
Está no livro Código da Vida, do jurista Saulo Ramos, que foi Consultor Geral da República, no tempo que a República tinha vergonha.
Os votos de Celso de Mello são extensos, enfadonhos, prolixos, enferrujados. Ele ainda usa expressões processuais do Império.
Antes de se aposentar, o ministro Celso de Mello ainda vai proferir algumas decisões no badalado inquérito Sérgio Moro/Bolsonaro sobre suposta interferência do presidente da República na Polícia Federal.
Como já se sabe o que a grande imprensa quer, não é difícil antever qual será a decisão do ministro Celso de Mello.
Nesta noites, pelo menos a lua tem aparecido nos céus do Brasil, para a gente esquecer essas babaquices.
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