A solução não é construir mais cemitérios.

Em 1967, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro presidente do movimento militar de 1964, criou o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral.

Esse ministério cuidava da coordenação geral das ações do governo, em todos os níveis, inclusive relativamente aos demais ministérios.

O governo funcionava.

Toda ação de governo precisa de comando firme, oportuno, na ocasião necessária.

Com o passar do tempo, a cada governo que se sucedeu, o ministério foi-se esfacelando, deturpando-se e redundou, miseravelmente, no Ministério do Planejamento do corrupto governo lulopetista recheado de maracutaias e, por último, no Ministério da Economia de hoje.

Nesta tragédia por que passamos, em razão da pandemia, faz-se necessária a criação de um órgão, que se coloque acima do inoperante Ministério da Saúde, para coordenar e dedicar-se às ações de combate à pandemia.

A coordenação das ações de saúde, nesta situação extrema, não pode ser atribuída ao presidente da República, que se tem demonstrado confuso e incapaz no que tange ao seu papel de coordenador nacional em assuntos da pandemia.  

Todavia, o presidente Bolsonaro ainda pode acordar de sua sonolência e do seu desatino e criar um órgão constituído de médicos especialistas e técnicos em pandemia, com vistas a estancar as milhares de mortes diárias, em razão da covid-19.

É inegável que o Ministério da Saúde não está sendo capaz disto, nem capaz de nada. Ou por falta de comando ou por ineficiência de estrutura estritamente direcionada ao combate à pandemia.

É melhor deixar o Ministério da Saúde pra lá. Ele não está funcionando. Talvez estivesse funcionando, antes, nas situações corriqueiras, que qualquer contínuo ou auxiliar de ministro sabe resolver, mas não tem envergadura para enfrentar a monumental guerra da pandemia do cononavírus.

O Ministério da Saúde não tem comando, não tem poder decisório, não tem vontade política de comandar o combate ao coronavírus.  

Na falta de um, temos dois ministros da Saúde: um que não saiu e outro que não entrou.

Talvez fosse o caso de reeditar-se o Ministério de Planejamento e Coordenação Geral especificamente para cuidar de assuntos da pandemia, acima do Ministério da Saúde e formado por cientistas, longe de indicações político-partidárias.

O que não pode é a população continuar morrendo, indefinidamente.

O que não pode é nossos tímpanos serem agredidos, diariamente, com lengalengas, barbaridades, idiotices e opiniões inócuas de jornalistas e comentaristas: as Maju Coutinho, os Camarotti, as Natuza Neri e as Eliane Cantanhede da vida, que são pagos pela contrariada empresa que os emprega para denegrir o governo e a República.

O que não pode é a crise ter como saída a construção de mais cemitérios para nossos mortos, em razão da incompetência do governo legitimamente eleito pela vontade da maioria.

araujo-costa@uol.com.br

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