“Só quem não se interessa por nada se cansa de tudo” (Luis Goytisolo, escritor espanhol)
Conjecturar não ofende. Então, vou conjecturar. E, se me permite o leitor, vou opinar.
Dizem os entendidos em política que o ex-juiz federal Sérgio Moro quer ser candidato a presidente da República.
Não acredito.
Não consigo vislumbrar um debate eleitoral entre Lula e Sérgio Moro.
Primeiro, porque Sérgio Moro, quando estudante, deve ter faltado a todas as aulas de Português. Ele não consegue formar uma frase correta, sem tropeçar nas reticências, em bruscos cortes de raciocínio e em erros elementares de gramática.
Segundo, porque Lula tem cruel capacidade de engolir Sérgio Moro em questão de minutos, talvez de segundos, sem pestanejar e sem se engasgar, ainda mais se ele estiver com a garganta etilicamente lubrificada.
Seria desonesto colocar Lula, com a experiência, rapidez de raciocínio, malandragem política e malícia que tem, para debater com o ingênuo Sérgio Moro. Presumo que seria um massacre.
Se Sérgio Moro fosse preparado não teria feito tantas lambanças como juiz federal e como ministro da Justiça.
Exemplo claro de despreparo: O Brasil passa por essa crise política, porque nosso presidente da República não tem preparo para exercer a função com grandeza e também com as limitações a ela inerentes, por exemplo, não falar asneiras.
A dignidade do exercício da presidência da República exige certos requisitos formais, que Bolsonaro não tem, não consegue ter.
Desculpem os admiradores e defensores de Sérgio Moro, que o vêem como salvador da Pátria.
Eu não o vejo assim, nem o admiro, como não admiro Lula da Silva.
Não admirar aqui significa, tão-somente, pensar diferente. Só isto.
araujo-costa@uol.com.br