
“O coração, cofre de um tesouro, era material: desfez-se. Ficou o tesouro incorruptível e sagrado: a honra” (Camilo Castelo Branco, 1825-1890)
Chorrochó, sempre Chorrochó, sustentáculo da vida de quem sabe amar, gosta de amar, de quem ensina amar:
Quando José Evaldo de Menezes faleceu em 2020, citei nalgum lugar, em sua homenagem, uma frase do escritor português Camilo Castelo Branco que hoje reproduzo.
No ano seguinte, faleceu seu irmão João Bosco de Menezes (Joãozito), aumentando o vazio da família, o que nos fez muito refletir sobre nossas fraquezas, a efemeridade da vida e a certeza da morte.
A frase do escritor português ajusta-se a um e ao outro. Ambos honrados, Evaldo e Joãozito souberam construir, ao seu redor, o que de mais precioso se pode deixar para familiares e amigos: a honra e a retidão de caráter.
Sou grato aos dois – Evaldo e Joãozito – por me terem acolhido na juventude, em situação muito difícil.
Sou grato a Maria do Socorro Menezes Ribeiro, minha distinta comadre, irmã de Evaldo e Joãozito, por tudo que fez em meu benefício. E grato também a Virgílio Ribeiro de Andrade, seu esposo e meu compadre, distinto compadre.
Confesso admirador de Evaldo e Joãozito, enquanto viveram e, hoje, in momoriam, relembro essa admiração que não se acaba, não pode acabar, nunca vai se acabar.
Jamais a gratidão pode se esvair no tempo, mesmo em razão da morte.
araujo-costa@uol.com.br