
“Muitas vezes não dizer nada é dizer demais” (Joel Silveira, jornalista e escritor sergipano, 1918-2007)
Aniversário de Odilon Soares de Toledo.
Odilon mora em Mauá, São Paulo, região do ABC.
Não importa que eu não diga nada. Ou diga pouco. Talvez já esteja dizendo muito ou o suficiente.
Odilon é meu amigo. Conheci-o em 1975, há aproximados 47 anos.
Angariamos poucos amigos na vida. Ficam os que nos suportam e absorvem a compreensão de nossos defeitos. E esses são pouquíssimos.
Odilon me amparou nas dificuldades, tenebrosas dificuldades.
Faz anos que não o vejo. Décadas, talvez.
A última vez que nos vimos, os cabelos dele ainda não eram tingidos de branco pelo tempo. Nem os meus.
O tempo sedimentou a amizade, que se fez distante, mas se manteve sincera, forjada em meio aos meus tropeços da idade imatura e fragilizada pelas dificuldades.
Quando a “envelhescência” chega, o retrovisor do tempo nos mostra a realidade, que não tínhamos condições de enxergar.
Deixo abraço de aniversário – e de todos os dias – para Odilon.
E para a família de Odilon. Ter um Odilon na família é um perolado privilégio.

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