“É agradável quando eu chego em um lugar e as pessoas percebem minha presença. Do mesmo modo, é bom quando eu saio e percebem que eu saí”. (Luizinho, Autobiografia)

Recebo, com a alegria e subida honra, o convite para o lançamento do livro Autobiografia – Luiz Lopes Filho, que acontecerá em Curaçá, em 23/07/2022.
A honrosa deferência me foi feita pelo conspícuo filho do autor, Salvador Lopes Gonsalves, ex-prefeito de Curaçá.
Salvador Lopes informa, nas redes sociais, que o lançamento do livro dar-se-á “ao vivo e online, às 15h, do dia 23/07/2022” e dá instruções de como participar do histórico evento.
O autor – todos sabemos – é esteio e glória de Curaçá, por inúmeras razões. Ficaria aqui enumerando-as por muito tempo, tantas essas razões e tantos os caminhos por ele percorridos. Entretanto, a nobreza do ilustre curaçaense por si só dispensa salamaleques desnecessários e, ademais, não tenho preparo para tanto.
Trata-se de um século de história e isto já diz tudo. O homem tem história, sabe o que diz e como diz e sabe lutar com as palavras.
O prefácio é da lavra de Aruanda Naiá Suzuki Lopes da Cunha Teixeira – neta do autor – e o lançamento dá-se pela Editora Autografia.
A autobiografia de Luizinho enriquece, sobremaneira, a história de Curaçá.
A propósito, cito o texto a seguir – “desmantelo do mundo” – do sociólogo Esmeraldo Lopes, filho de Luizinho:
‘Luizinho é um desses sujeitos que gosta de palestrar, mas às vezes se põe na posição de escutador. E quando está assim, fica ali no silêncio, enrosca as mãos no corpo, cochila, acorda, cochila… Entre todos os assuntos, o que mais lhe atrai são as mudanças do mundo. Ele sempre afirma que o mundo não tem mais jeito, que nada mais lhe surpreende, que está tudo desmantelado. Mas outro dia ele estava como escutador e chegou um seu camarada e veio contando: “Rapaz, não sei se vocês já ouviram dizer, mas a mulher do finado… tá de homem”. Luizinho, que estava cochilando, levantou a cabeça na rapidez de um piscar e bradou: “Já vi que passou o planeta. Só escapa quem voa!”
O fato é que, na condição de curaçaense, estou contente e até sugiro a fundação de um instituto de letras em Curaçá e nele se coloque o nome de Luiz Lopes Filho, de modo que se possa perpetuar a sapiência, os conhecimentos e a história de Luizinho.
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