
Nesta data, 12 de setembro, alegra-me registrar, nestes dispersos e inocentes alfarrábios, dois aniversários: do município de Chorrochó que, aos trancos e barrancos, alcança 68 anos de emancipação política e também da professora Maria do Socorro Menezes Ribeiro, filha de Izabel Argentina de Menezes (D. Biluca) e de Dorotheu Pacheco de Menezes, esteio e baluarte da luta pela emancipação de Chorrochó.
D. Socorro Menezes, que é esposa do notável Virgílio Ribeiro de Andrade, vive permanentemente no altar de minha admiração – e viverá sempre. Aprendi a admirá-la nesses muitos anos de tropeços, quedas e trôpego caminhar. A admiração é extensiva a ambos.
Também faço outro registro neste aniversário do município.
A Câmara Municipal de Chorrochó tem um histórico de apatia e ociosidade quanto à construção do futuro do município, não obstante a atuação de alguns presidentes que dirigiram a Edilidade, a exemplo de Pascoal Almeida Lima Tercius (Tércio de Fafá), sujeito dinâmico, abalizado e inteligente, embora a Câmara de Vereadores, por óbvio, não se resuma ao presidente, mas à Edilidade como um todo.
Tirantes alguns interregnos louváveis, a Câmara de Chorrochó mais se destacou como simples anuente de decisões e de atos do Poder Executivo Municipal e isto dificultou, em anos, o desenvolvimento do município. Faltou inquietude, vigilância, dinamismo e olhar atento às necessidades da população.
Historicamente, a Câmara tem sido generosa em dizer amém ao Poder Executivo Municipal e não avançou em direção aos interesses mais prementes da sociedade.
Todavia – e apesar de tudo isto – continuo esperançoso quando ao futuro de Chorrochó.
Esperança é como água no leite. Sempre há.
De qualquer modo, como já escrevi muito sobre este meu querido município de Chorrochó, hoje quedo-me mais aos seus encantos, até para contribuir com aqueles leitores que acham meus textos jurassicamente longos e outros tantos que os entendem inconvenientes e abelhudos.
O escritor e jornalista francês Georges Bernanos (1888-1948) dizia que “a única diferença entre um otimista e um pessimista é que o primeiro é um imbecil feliz e o segundo é um imbecil triste”. Insisto em ser otimista, neste particular: que nos próximos aniversários, os munícipes chorrochoenses tenham o que comemorar.
A data é propícia para citar os nomes daqueles que, dentre outros, contribuíram ou contribuem para que Chorrochó ainda permaneça em pé, embora cambaleando:
Francisco Pacheco de Menezes, Eloy Pacheco de Menezes, Aureliano da Costa Andrade, Dorotheu Pacheco de Menezes, José Calazans Bezerra (Josiel), Antonio Pires de Menezes (Dodô), Pascoal de Almeida Lima, Sebastião Pereira da Silva (Baião), José Juvenal de Araújo, João Bosco Francisco do Nascimento, Paulo de Tarço Barbosa da Silva (Paulo de Baião), Rita de Cássia Campos Souza e, por último, Humberto Gomes Ramos.
Que Deus ilumine o atual prefeito e lhe dê muita disposição para o trabalho. Dizem as más línguas – e as boas também – que está lhe faltando essa disposição. E que os vereadores enxerguem, além da alvorada que eles nunca veem, novos horizontes, independentemente de corrente ideológica, viés político e coloração partidária. E de campanhas políticas.
Que o prefeito tenha êxito em sua administração e os vereadores tenham sucesso em suas atuações em prol do município e de seu povo.
Parabéns Chorrochó.
Parabéns D. Socorro Menezes.

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