Em Curaçá, o dinamismo de Frei Valdevan

Frei Valdevan/Foto de seu perfil no facebook

Frei Valdevan Correia de Barros pertence à Ordem dos Frades Menores Conventuais (OFMConv), da Província São Francisco de Assis, com sede em Santo André, ABC paulista.

À semelhança de todo missionário, Frei Valdevan cuida fervorosamente dos alicerces da fé, desta vez na Paróquia Bom Jesus da Boa Morte e São Benedito, em Curaçá.

Pernambucano de Saloá, município do Planalto da Borborema na região de Águas Belas e Iati e nascido em 19.08.1978, Frei Valdevan entrou para a vida religiosa em 2004 no Seminário Santo Antonio, em Cascavel (PR) e em 2009 fez sua profissão na Ordem dos Frades Menores Conventuais em Caçapava (SP).

Em 28.06.2014 foi ordenado sacerdote no Santuário Senhor do Bonfim, em Santo André (SP), belíssimo templo do ABC.

Graduado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), também é Bacharel em Teologia.

No período de 2014 a 2017, foi Vigário Paroquial em Ubatuba (SP) e passou por Guaraniaçu (PR), onde foi Pároco também por quatro anos.

Em janeiro de 2022 Frei Valdevan foi escolhido Pároco da Paróquia Bom Jesus da Boa Morte e São Benedito em Curaçá (BA), em decorrência da abertura da Missão dos Franciscanos Conventuais naquele município do submédio São Francisco.

Em Curaçá, sua missão envolve os cuidados com a Gruta de Patamuté que em 2016 foi elevada à condição de Santuário Popular Sagrado Coração de Jesus por decreto de D. Carlos Alberto Breis Pereira, frei da Ordem dos Frades Menores e bispo da diocese de Juazeiro.

Já se vão, por aí, um século e mais alguns anos que a Gruta de Patamuté vem alicerçando a fé de seu povo.

A Gruta de Patamuté começou a despontar como referência religiosa em 1903, quando, segundo o escritor curaçaense João Mattos, “um erudito pregador e missionário católico, monsenhor Pedro Cavalcante Rocha, achou-a tão bela que nela terminou a Santa Missão que pregava em Patamuté”.

O cruzeiro do interior da Gruta foi colocado por esse dedicado missionário, como se ali estivesse fincando os primeiros andaimes para alicerçar a construção da fé em Patamuté.

Mais tarde, ainda segundo relato de João Mattos, “em 1905, o padre Manuel Félix de Moura, então vigário da freguesia, transferiu sua residência para a Gruta e nela implantou a devoção ao Sagrado Coração de Jesus”.

Foi o padre Manuel Félix que entronizou a imagem no altar da Gruta oferecida pelos habitantes de Patamuté e, sabe-se, iniciou as romarias ao Sagrado Coração de Jesus, que perduram até nossos dias.

Mas não se pode falar sobre os festejos da Gruta de Patamuté sem associá-los ao núcleo do distrito por inteiro, base da história local e ponto de apoio para as romarias que se realizam há mais de um século, mormente em primeiro de novembro, precedidas de alvorada, cantos e de muita alegria em louvor ao Sagrado Coração de Jesus.

O coronel Galdino Ferreira Matos (1840-1930), cujos restos mortais estão enterrados na Igreja de Patamuté, teve contribuição importante na construção da história religiosa do lugar.

Com os auspícios do coronel Galdino deram-se os primeiros passos para a construção da Igreja de Patamuté, isto por volta dos primeiros anos do Século XX, iniciando-se por lá a sincronia religiosa entre o distrito de Patamuté e a Gruta.

No distrito de Patamuté, o padroeiro Santo Antonio eleva-se altaneiro e excelso; na Gruta, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus faz-se viva a cada ano e atrai fiéis da região e de outros estados.

Peregrinos e devotos que têm a fé como sustentação do único alento da vida sertaneja acorrem anualmente à Gruta de Patamuté.

Anualmente, em 31 de outubro e 01 de novembro dá-se a romaria à Gruta de Patamuté.

A tradição católica comemora em 01 de novembro o Dia de Todos os Santos, data em que, na Gruta de Patamuté, os romeiros se reúnem, participam de missas e manifestações culturais, confessam-se diante dos sacerdotes e acendem velas para significar o pagamento de promessas ou pedido de graças.

Também já é tradição os ex-votos, objetos deixados pelos romeiros na Gruta que simbolizam agradecimento e fé.

A estrutura de Santuário, embora precária, sinaliza que a tradição religiosa da Gruta se fortalece e sedimenta a construção da fé iniciada pelos pioneiros: monsenhor Pedro Cavalcante Rocha e padre Manuel Félix de Moura.

Dinâmico, Frei Valdevan lançou um projeto de construções no Santuário que compreende um portal, igreja, estátua do Sagrado Coração de Jesus, escada com rampa e corrimão, banheiros, centro de apoio aos romeiros e iluminação interna do Santuário, dentre outras benfeitorias e construções.

Este Blog apoia o projeto e o entende valioso.

Esclarecimento:

Independentemente da atuação do Frei Valdevan e de sua valiosa contribuição à Paróquia de Curaçá e, por extensão, ao Distrito de Patamuté, este Blog esclarece aos leitores que entrou em contato com a Paróquia de Bom Jesus da Boa Morte e São Benedito e com o Frei Valdevan, com o intuito de ouvi-los e enriquecer a matéria.

Frei Valdevan entrou em contato com o Blog, mas a matéria já estava publicada. A Paróquia não se manifestou.

De qualquer modo, este Blog continua admirando Curaçá, sua Paróquia e Patamuté e deseja êxito ao Frei Valdevan em sua missão de evangelizar.

Post scriptum:

Esta matéria contou com valiosas informações colhidas de Daniel Bandeira, da Assessoria de Comunicação e Imprensa, dos Franciscanos Conventuais, da Província São Francisco de Assis.

araujo-costa@uol.com.br

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