Raízes, tempo, saudade

Casa na Fazenda Estreito, Patamuté/Curaçá-Bahia

Nasci nesta casa, na Fazenda Estreito, caatinga e barrancos do Riacho da Várzea, distrito de Patamuté, município de Curaçá (BA).

Aqui sofri, sorri, chorei, sonhei.

Aqui o tempo conserva minhas raízes.

Aqui aprendi a ter esperança e acreditar no nascer da aurora e na perspectiva de novos horizontes.

Aqui foi minha melhor escola de humildade, aqui conheci minha pequenez e minhas limitações, aqui aprendi a inutilidade da arrogância.

Aqui dei os primeiros passos em direção ao desconhecido.

Continuo andando, sorrindo, chorando, sofrendo, caindo, sonhando.

A cada momento deparo-me com o desconhecido. Às vezes tropeço, outras vezes caio, outras tantas levanto-me, mas ainda não cheguei ao destino.

Como é fácil seguir a caminhada!

Como é difícil seguir a caminhada!

Nas encruzilhadas do tempo e da vida, sempre lembro o poeta espanhol Antonio Machado (1875-1939):

“Caminhante, não há caminho. O caminho se faz ao caminhar”.

O resto é saudade.

araujo-costa@uol.com.br

Deixe um comentário