Câmara de Curaçá sinaliza novo amanhecer

“Sonhador é aquele que percebe a aurora antes dos outros (Oscar Wilde, escritor e dramaturgo irlandês, 1854-1900)

Já se disse alhures, que ninguém vive na União ou no Estado, mas no Município.

A afirmação é uma forma singela, quiçá filosófica, de significar que além de ser uma instituição político-jurídica, o município é uma instituição social, naturalmente inserida no contexto nacional e formada de cidadãos com os mesmos interesses, aspirações e ideais.

No dizer de Rui Barbosa, “não há corpo sem células e não há Estado sem Municipalidades”.

Em Roma, 80 anos a.C, a cidade era considerada uma pequena república, embora subordinada à autoridade imperial, mas apta a convocar reuniões ou assembleias dos cidadãos para votarem seus estatutos.

A história registra que naquela quadra do tempo, o município escolhia magistrados, conselheiros que exerciam as funções de Senado, cônsules que exerciam a censura, questores que administravam os fundos públicos e colegiados que exerciam as funções religiosas.

Como se vê, já naquele tempo a cidade comandava as questões primeiras da sociedade.   

Chegamos ao município de hoje, hodierno e asfixiado pelas incompreensões e vaidades.

A Câmara Municipal tem formato tal que representa o povo, legisla, faz proposições, solicitações, consultas, pedido de informações, indicações, moções e, precipuamente, cuida da redação das leis e consequentes emendas supressivas, aditivas, modificativas, et cetera, além de atribuições outras que lhe são adstritas.

Prolegômenos à parte, isto é para dizer a seguinte obviedade: que os vereadores têm papel fundamental na vida da sociedade local, de modo que eles se agigantam à medida em que se preocupam com a população e suas demandas mais prementes.  

Entretanto, sabe-se, muitos se enveredam pelo caminho dos interesses pessoais, aliam-se ao chefe do Executivo e muitos deles simplesmente passam a legislatura referendando atos do Poder Executivo, de tal forma que se apequenam e arranham a nobre função de vereador.

Considerando o estado de dificuldade por que passa a população de Curaçá – e as notícias são muitas nesse sentido – ouso conjecturar que também é dever da Câmara Municipal se manter em permanente vigília em favor da população e não somente através de discussões protocolares aventadas por ocasião de sessões ordinárias e obrigatórias convocadas por força regimental.

Seria a perspectiva de um novo amanhecer, de uma luz para clarear novas mentalidades ao interpretar os anseios da população.

Contudo, a nobreza do vereador é sustentar-se na soberania do voto popular e direcionar-se em consonância com a vontade do povo. Não há credencial mais legítima, mais lídima, mais pujante.

Em 06/02/2023, a Câmara Municipal de Curaçá estará empossando seu presidente Rogério Quintino Bahia e, por consequência, seus colegas que compõem a Mesa Diretora da Edilidade para o biênio 2023/2024.

Vereador Rogério Bahia/crédito da foto: perfil no facebook

O plenário da Câmara Municipal de Curaçá foi batizado com o nome de Aristóteles de Oliveira Loureiro, que foi prefeito e um dos vereadores mais atuantes da história do município em diversas legislaturas. Neste particular, o simbolismo diz muito.

Dinâmico, preparado intelectual e politicamente, o insigne vereador Rogério Bahia pode significar a esperança de um novo amanhecer para Curaçá.

Registro o fato com o intuito de desejar êxito ao ilustre vereador Dr. Rogério Quintino Bahia em sua nova missão à frente da Câmara Municipal de Curaçá, aos demais membros da Mesa Diretora e, por extensão, a todos os vereadores do município.

araujo-costa@uol.com.br

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