Patamuté, Pastoura e a insistência da saudade

Pastoura e os filhos/Perfil de Herica Alcântara no facebook

Sucedem-se as notícias tristes. O tempo corrói o viver e desmorona nossa expectativa de continuar convivendo com as pessoas que nos são caras.

Em 22/02/2023 faleceu Pastoura Alcântara Leal, o que deixou triste Patamuté e todos nós, filhos e amigos de lá. Notícia dilacerante para todos nós que ficamos por aqui, por enquanto. E somente por enquanto.

Pastoura fazia parte de uma interessante geração, que construía amizades duradouras. Era daquelas pessoas que passavam horas conversando sobre tudo, menos sobre a maldade e defeitos humanos. Conversa aprumada, amena, hospitaleira, convidativa.

Quando Patamuté não tinha energia elétrica nos moldes de hoje – e isto vai longe no tempo – o distrito servia-se de um motor movido a diesel que desligava por volta das 22 h ou um pouco antes.

À noite ficávamos na calçada conversando e nos recolhíamos ao apagar da luz. Pastoura era uma boa e constante companhia nessas conversas despretensiosas, alegres, encantadoras.

Em Patamuté, Pastoura e Israel Henrique de Souza construíram família exemplar, decente, bem educada e alicerçada em caráter irrepreensível.

Família numerosa que se espalhou pelo caminhar da vida, multiplicou e lhe deu genros, noras, netos, descendência alegre e espirituosa.

Ante o indizível da morte e o indecifrável da vida, resta-nos aceitar os desígnios de Deus.

Deixo pêsames aos familiares de Pastoura.

Que Jesus Cristo, redentor do mundo, lhe indique o caminho e que Deus a ampare.

araujo-costa@uol.com.br

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