Homenagem da Ordem dos Advogados

Não se trata de ato de narcisismo, mesmo eventual, porque não me compatibilizo com nenhum tipo de vaidade, talvez em razão da origem humilde.

Entretanto, registro essa homenagem que recebi da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de São Paulo, mais com o intuito de deixar perenizada minha dedicação e responsabilidade no exercício da profissão que exerço, do que envaidecer-me, propriamente.

Profissão espinhosa, difícil, mas eivada de respeito às leis e ao ordenamento jurídico nacional como um todo.

Nessa caminhada, a ampla defesa de meus clientes sempre esteve acima de quaisquer encruzilhadas que não fossem a ética, o cumprimento do dever e, sobretudo, a obediência às leis.

De qualquer modo, a homenagem significa a convicção de que, ao escolher a profissão de advogado, optei por trilhar o caminho mais apropriado na defesa do Direito e da Justiça.

Indignei-me, muitas vezes, ao constatar que aqueles que não têm voz são os mais prejudicados na luta pelo asseguramento de seus direitos e pela Justiça, mesmo que minimamente possível.

Indignei-me, outras tantas vezes, ao constatar que a sociedade é demasiadamente cruel em relação aos menos favorecidos.

Nesse caminhar cheio de pedras, desafios e tropeços, tive como inseparáveis companheiros de jornada a solidão, os livros, a persistência e as noites em claro, mas sempre à espera de um amanhecer de esperança.

Sempre fui um notívago em busca da realização de sonhos que se distanciam em horizontes talvez nunca alcançáveis, mas insistentemente perseguidos.

As circunstâncias do tempo muitas vezes me foram atrozes.

Minha família construiu o esteio para sustentar-me e alicerçou a coragem para continuar lutando.

A solenidade de entrega da láurea deu-se em 01/03/2023 em São Bernardo do Campo.

Reencontrei amigos de início de carreira e colegas de dedicação constante à advocacia, muitos ainda afoitos à luta pela sede de Justiça que quase sempre nos falta.

Post scriptum:

Dedico esta homenagem recebida às minhas filhas Thábata Aline Faria de Araújo Costa, Thamara Annelise Faria de Araújo Costa, Thássia Anneyse Faria de Araújo Costa e ao meu primeiro neto, Vicente Araujo Boscato, que hoje faz 50 dias de nascimento.

Nesse constante caminhar, nunca deixei de acreditar que, quando chega a escuridão, há sempre uma janela que nos permite divisarmos a chegada da alvorada.

Sigo em frente acreditando.

araujo-costa@uol.com.br

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