
O presidente Lula da Silva exigiu de seus ministros que qualquer proposta ou decisão nascida nos ministérios deve passar, necessariamente, pela Casa Civil, antes de ser anunciada.
É o todo poderoso ministro Rui Costa (PT-BA) que se fortalece e validará as decisões dos demais ministros.
“É importante que nenhum ministro ou nenhuma ministra anuncie publicamente qualquer política pública sem ter sido acordado com a Casa Civil, que é quem consegue fazer que a proposta seja do governo”, disse o presidente (UOL, 14/03/2023).
A Casa Civil passa a adquirir o status de coordenadora geral das ações de governo, embora isto não seja, propriamente, uma novidade.
Na época de alguns governos militares esse papel era desempenhado pelo então Ministério do Planejamento e Coordenação Geral.
É uma forma de unificar as políticas públicas de governo, de modo que os ministros ficam circunscritos à administração central, por orientação presidencial.
A espinha dorsal do governo federal fica adstrita ao Palácio do Planalto, como deve ser.
Assim, tolhem-se as vaidades. Há muitos ministros que são políticos de carreira e, como tais, vaidosos, com luz própria. Lula da Silva quer circunscrevê-los estritamente ao papel de cada um.
Isto evita decisões desencontradas e o esfacelamento das posições de governo.
A notícia está na imprensa de hoje.
E a orientação de Lula da Silva parece acertada.
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