“O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros” (Margareth Thatcher, primeira-ministra do Reino Unido, 1925-2013)
Linguagem rebuscada à semelhança do prefeito da imaginária Sucupira, gosto pelos palanques e emprego constante de palavras que nada explicam e têm tanta importância quanto cinzas ao vento, Flávio Dino é o Odorico Paraguaçu de Lula da Silva.
Faltam o terno e o chapéu brancos de Odorico. “Somentemente” isto para ficar “talqualmente” igual ao prefeito sucupirano de Dias Gomes (Sucupira, ame-a ou deixe-a, Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1982).
Assim é o ministro-folião de Lula da Silva.
Tem “posturamento intelectual” considerável, mas os trajes “bastantemente avacalhantes” que usou no carnaval do faz o L se mostraram incompatíveis com a liturgia do cargo de ministro da Justiça de nossa combalida República.
Flávio Dino fala muito em Deus. Graças a Deus ele fala em Deus.
Entretanto, entre 2006 e 2021 fez parte das fileiras do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e em 2021 se mudou para o Partido Socialista Brasileiro (PSB), o que dá no mesmo.
Por princípio filosófico, o comunista é materialista, é adverso à fé, em nada acredita. Basta ler os compêndios de Karl Marx e seu amigo Friederich Engels.
Socialista gosta mesmo é de dinheiro. Dos outros. Vive como parasita, pendurado nos cofres públicos.
Aliás, no Brasil houve poucos comunistas de verdade, dentre esses Luís Carlos Prestes (1898-1990), líder do histórico Partido Comunista Brasileiro (PCB), o arquiteto construtor de Brasília, Oscar Niemeyer (1907-2012) e o ator e humorista Francisco Milani (1936-2005).
Flávio Dino tenta demonstrar que seus atos à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública são abi imo pectore, do fundo do coração. A imagem não cola, todavia. Fala mais alto a ânsia de perseguição que ele imprimiu à gestão do morubixaba de Caetés, seu chefe supremo.
À semelhança do diligente secretário sucupirano Dirceu Borboleta, Flávio Dino é o homem dos “providenciamentos” de Lula da Silva, mas corre o risco de entrar para a história como perseguidor de adversários políticos, o que não lhe será uma boa recomendação para sua biografia por si só já tão pobre e capenga.
Dentro da filosofia sucupirana, quando tiver que “botar os entretantos de lado e partir para os finalmentes”, Flávio Dino terá uma grande tarefa pela frente: explicar para a população que Lula da Silva substituiu a picanha por abóbora.
Flávio Dino está sempre rodeado dos “gazetistas” da GloboNews e da CNN, que vivem lhe puxando todos os dias e o enaltecem desavergonhadamente. Isto pode lhe servir de adjutório para a difícil tarefa de explicar o confuso governo Lula da Silva.
araujo-costa@uol.com.br
Post scriptum:
As palavras e expressões entre aspas foram tiradas do repertório do prefeito Odorico Paraguaçu.