Corujas e crepúsculos

Coruja buraqueira/iGUi Ecologia

O filósofo germânico Hegel (1770-1831) fez uma relação clássica entre a filosofia e a coruja. Lembrava que a coruja levanta voo ao cair do crepúsculo.

A filosofia tenta explicar aquilo que não está claro para muitos. Ou porque é mesmo difícil enxergar ou porque as mentes estão ofuscadas, conturbadas, assustadas com a desfaçatez e a maldade que se aproximam cada vez mais de todos nós.

A coruja levanta voo ao anoitecer. Vai escurecer, mas é à noite que ela enxerga melhor. O escuro não lhe é obstáculo, mas clareza para seguir adiante.

O Brasil está prestes a adentrar à escuridão, ao abismo, ao despenhadeiro jurídico-político. Já estamos diante do caos.

É imperioso tentar enxergar mais adiante, divisar novos horizontes, mesmo em escuro tenebroso para desanuviar o entendimento e encontrar a saída para tantos males.

A credibilidade dos poderes da República está se esfacelando dia a dia.

O Executivo não encontra saída para governar, o Legislativo tropeça nos interesses escusos de seus membros e o Judiciário vai-se esvaindo, credibilidade ladeira abaixo.

Atualíssima a frase de Rui Barbosa: “Brasil de ontem e de amanhã! Dai-nos o de hoje que nos falta”.

araujo-costa@uol.com.br

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