Aos trancos e barrancos o município de Chorrochó alcança 69 anos de emancipação política neste 12 de setembro.
Entretanto, em todo caminhar há tropeços. Bem por isto, a história de Chorrochó registra poucos avanços. Sucessivas gestões titubeantes ofuscaram as prioridades do município.
O aniversário do município comporta outro registro, desta vez relativamente ao Legislativo.
A Câmara Municipal de Chorrochó tem um histórico de apatia e ociosidade quanto à construção do futuro do município, não obstante a atuação de alguns presidentes que dirigiram a Edilidade, a exemplo de Pascoal Almeida Lima Tercius (Tércio de Fafá), senhor dinâmico, abalizado e inteligente, embora a Câmara de Vereadores, por óbvio, não se resuma ao presidente, mas à Edilidade como um todo.
Tirantes alguns interregnos louváveis, a Câmara de Chorrochó mais se destacou como simples anuente de decisões e de atos do Poder Executivo Municipal e isto dificultou, em anos, o desenvolvimento do município. Faltou inquietude, vigilância, dinamismo e olhar atento às necessidades da população.
Historicamente, a Câmara tem sido generosa em dizer amém ao Poder Executivo Municipal e não avançou em direção aos interesses mais prementes da sociedade.
Todavia – e apesar de tudo isto – continuo esperançoso quando ao futuro de Chorrochó.
Esperança é como água no leite. Sempre há.

De qualquer modo, como já escrevi muito sobre o município de Chorrochó, hoje quedo-me mais aos seus encantos, até para contribuir com aqueles leitores que acham meus textos jurássicos e outros tantos que os entendem inconvenientes e abelhudos.
O escritor e jornalista francês Georges Bernanos (1888-1948) escreveu que “a única diferença entre um otimista e um pessimista é que o primeiro é um imbecil feliz e o segundo é um imbecil triste”.
Insisto em ser otimista, neste particular: que nos próximos aniversários, os munícipes chorrochoenses tenham o que comemorar.
A data é propícia para citar nomes daqueles que, dentre muitos, contribuíram ou contribuem para que Chorrochó ainda permaneça em pé, embora cambaleando:
Francisco Pacheco de Menezes, Eloy Pacheco de Menezes, Aureliano da Costa Andrade, Dorotheu Pacheco de Menezes, José Calazans Bezerra (Josiel), Antonio Pires de Menezes (Dodô), Pascoal de Almeida Lima, Sebastião Pereira da Silva (Baião), José Juvenal de Araújo, João Bosco Francisco do Nascimento, Paulo de Tarço Barbosa da Silva (Paulo de Baião), Rita de Cássia Campos Souza e, por último, Humberto Gomes Ramos.
Que Deus ilumine o atual prefeito e lhe dê muita disposição para o trabalho. E que os vereadores enxerguem, além da alvorada que eles nunca veem, novos horizontes, independentemente de corrente ideológica, viés político e coloração partidária.
Ressalvados eventuais suplentes que assumiram em razão do afastamento de titulares, a Câmara Municipal compõe-se de vereadores distribuídos por três partidos políticos, segundo a vontade das urnas de 2020, tais sejam: Walber Alves dos Santos, Samuel Fonseca de Souza Gomes, Marcos Vinícius Pereira Jericó, Joelson Alves Moreira, Jane Edla Fonseca de Souza, Pascoal Almeida Lima Tercius, Luiz Alberto de Menezes, Sheila Jacqueline Miranda Araujo e Tereza Maria Pires Alcântara Oliveira, todos moralmente respeitáveis.
A data requer outra observação. Apresentada ao público pela primeira vez no desfile cívico de 12/09/1984, a Bandeira de Chorrochó, ainda não foi oficializada pelo município, por razões difíceis de entender. Foi idealizada por uma equipe constituída de Dr. Francisco Afonso de Menezes, Maria do Socorro Menezes Ribeiro, Maria Therezinha de Menezes, José Juvenal de Araújo, Maria Creuza Miranda dos Santos Araújo e Marina Maria de Araújo Menezes.
Que o prefeito tenha êxito em sua administração e os vereadores tenham sucesso em suas atuações em prol do município e de seu povo.

Parabéns Chorrochó.
Post scriptum:
Registro também o aniversário da professora Maria do Socorro Menezes Ribeiro, filha de Izabel Argentina de Menezes (D. Biluca) e de Dorotheu Pacheco de Menezes, esteio e baluarte da luta pela emancipação de Chorrochó.
Socorro Menezes, que é esposa de Virgílio Ribeiro de Andrade, vive permanentemente no altar de minha admiração – e viverá sempre. Aprendi a admirá-la nesses muitos anos de tropeços, quedas e trôpego caminhar. A admiração é extensiva a ambos.
Parabéns à aniversariante.
araujo-costa@uol.com.br