“Não foram os anos longos e lentos que me envelheceram. Foram alguns minutos” (Cassiano Ricardo, poeta e ensaísta, 1895-1974).

Chorrochó não mudou muito em 69 anos de emancipação.
Há um liame incompreensível entre a instalação dos serviços municipais em 1954 e o tempo de agora: o não evoluir, não crescer, não desvencilhar-se da precariedade de antes.

É razoável presumir que o tempo, que corrói todas as coisas, vem corroendo subsequentemente as mentes dos responsáveis pela sustentação da história do município.
O descaso e a indiferença arranham os limites do dever de zelar pelo bem público.
Argumentar-se-á, com razão, que a administração municipal não precisa desse prédio para funcionar, tanto que vem funcionando – e bem – segundo alguns e nem tanto, segundo outros.
Mas isto não lhe autoriza o descaso.
araujo-costa@uol.com.br
Post scriptum:
Está circulando nas redes sociais um vídeo de Roberto Carlos ao som de Velhinhos, composição de José Messias e lançada em 1965.
Em minha juventude – e depois dela – ouvi muito essa música sem me dar conta de que um dia a velhice chegaria.
Ao interpretá-la, no auge de sua juventude irrequieta, Roberto Carlos certamente também não se dava conta dos tropeços da velhice.
É emocionante vê-lo trôpego carregando sua história.
É Dr Walter, a administração municipal de Chorrochó não costuma ter cuidado com a sua história, que o diga o próprio prédio da prefeitura, o colégio são José e aqui na minha várzea da ema o prédio do mercado municipal que foi demolido tão somente por causa de uma peça de madeira, descaso total
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Vale salientar que o prédio mencionado ficou anos servindo apenas de casa para morcegos e que após a reforma (maquiagem) passou a funcionar, porém não como prefeitura que era seu objetivo inicial.
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