
Estas três Marias nasceram em tempo de primavera, estação que lembra flores e indica amenidade e alegria.
As três esteiam-se no mesmo tronco familiar e se sustentam nas mesmas tradições, através de vínculos muito próximos.
As três são católicas praticantes e devotas de Senhor do Bonfim e têm prestado relevante contribuição à Igreja de Chorrochó.
As três fazem parte da sociedade chorrochoense e são exemplos de boa índole, seriedade, afabilidade e candura.
As três são professoras e a esse mister de ensinar se dedicaram durante muito tempo.
Os nomes são conhecidos, sobejamente conhecidos: Maria do Socorro Menezes Ribeiro, Maria Therezinha de Menezes e Maria Rita da Luz Menezes.
Mas não fica bem, segundo as regras de etiqueta social, que discordo, declinar a idade destas distintas senhoras, razão por que deixo de fazê-lo.
Todavia, não me esquivo de dizer que já viveram algumas décadas, graças a Deus. E se isto pode denunciar a idade, não lhes tira o brilhantismo. Ao contrário, releva-os.
As três são interessadas pela história de Chorrochó, pelo andar de Chorrochó e pela gente de Chorrochó.
As três Marias estudaram na Escola Normal Nossa Senhora do Patrocínio, em Belém do São Francisco, Pernambuco. Formaram-se em 1957.
No ano seguinte – 1958 – prestaram concurso no Estado da Bahia para professora primária e todas foram aprovadas para lecionar no município de Chorrochó.
As três foram alunas da professora Josepha Alventina de Menezes (D. Nilinha), ícone da educação e da história de Chorrochó.
Maria do Socorro Menezes Ribeiro é filha de Izabel Argentina de Menezes (Biluca) e Dorotheu Pacheco de Menezes; Maria Therezinha de Menezes é filha de Antonia Rodrigues Lima e José Cordeiro de Menezes (Juca); Maria Rita da Luz Menezes é filha de Maria Alventina de Menezes (Iaiá) e Joviniano Cordeiro de Menezes.
Casaram-se em Chorrochó. Maria do Socorro Menezes Ribeiro com Virgílio Ribeiro de Andrade; Maria Therezinha de Menezes com Antonio Pacheco de Menezes Filho; Maria Rita da Luz Menezes com Francisco Lamartine de Menezes.
Esta crônica despretensiosa traz este registro incompleto e casual. Não tem o condão de enriquecer o conhecimento de ninguém, mas de reviver os esteios que Chorrochó foi construindo ao longo do tempo.
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