Lula da Silva acertou.

Ricardo Lewandowski/Agência Brasil

Lula mandou o prolixo Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal, onde vai se juntar aos donos do Brasil e à arrogância que abunda por lá.

O STF é o lugar adequado para Flávio Dino. Ele adora holofotes. Mas entende de Direito, qualidade indispensável para quem vai exercer a suprema magistratura.

Como dizem os doutos e a lógica, entender Direito é condição sine qua non para exercer a função de juiz. Na prática não é bem assim.

Se, no exercício da magistratura, Flávio Dino se afastar da pequenez que legitimou sua atuação política, certamente será um bom juiz.

Se, ainda, Flávio Dino contribuir para recolocar o STF no nobilíssimo lugar de Suprema Corte e retirar do tribunal o caráter de intrusão do ativismo político, sairá de lá não como mais um opaco ex-ministro, mas na condição de um respeitável ex-ministro, merecedor da admiração dos brasileiros.

Enrique Ricardo Lewandowski será o novo ministro da Justiça, se nada mudar. É experiente, íntegro, decente, tem envergadura moral e conhecida postura que se exige de quem deve exercer função pública.

Intelectual de alta referência, Lewandowski é formado em Ciências Políticas e Sociais e em Ciências Jurídicas e Sociais.

É Mestre, Doutor e Livre-docente em Direito do Estado.

Dentre outras funções, foi secretário de Governo e de Assuntos Jurídicos de São Bernardo do Campo, Juiz do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo, Desembargador em São Paulo, ministro do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal.

Lewandowski é da cozinha de Lula da Silva?

É. Sempre foi. Mas não parece que isto deslustre sua atuação de ministro.

Embora aliado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e históricas decisões que tomou em favor de petistas nalgumas ocasiões, isto não lhe retira a condição de probo e correto.

Não se devem misturar alhos com bugalhos.

Desta vez, Lula da Silva acertou.

E o ministério da Justiça se robustece com a presença de Lewandowski.

araujo-costa@uol.com.br

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