
Lula mandou o prolixo Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal, onde vai se juntar aos donos do Brasil e à arrogância que abunda por lá.
O STF é o lugar adequado para Flávio Dino. Ele adora holofotes. Mas entende de Direito, qualidade indispensável para quem vai exercer a suprema magistratura.
Como dizem os doutos e a lógica, entender Direito é condição sine qua non para exercer a função de juiz. Na prática não é bem assim.
Se, no exercício da magistratura, Flávio Dino se afastar da pequenez que legitimou sua atuação política, certamente será um bom juiz.
Se, ainda, Flávio Dino contribuir para recolocar o STF no nobilíssimo lugar de Suprema Corte e retirar do tribunal o caráter de intrusão do ativismo político, sairá de lá não como mais um opaco ex-ministro, mas na condição de um respeitável ex-ministro, merecedor da admiração dos brasileiros.
Enrique Ricardo Lewandowski será o novo ministro da Justiça, se nada mudar. É experiente, íntegro, decente, tem envergadura moral e conhecida postura que se exige de quem deve exercer função pública.
Intelectual de alta referência, Lewandowski é formado em Ciências Políticas e Sociais e em Ciências Jurídicas e Sociais.
É Mestre, Doutor e Livre-docente em Direito do Estado.
Dentre outras funções, foi secretário de Governo e de Assuntos Jurídicos de São Bernardo do Campo, Juiz do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo, Desembargador em São Paulo, ministro do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal.
Lewandowski é da cozinha de Lula da Silva?
É. Sempre foi. Mas não parece que isto deslustre sua atuação de ministro.
Embora aliado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e históricas decisões que tomou em favor de petistas nalgumas ocasiões, isto não lhe retira a condição de probo e correto.
Não se devem misturar alhos com bugalhos.
Desta vez, Lula da Silva acertou.
E o ministério da Justiça se robustece com a presença de Lewandowski.
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