Lembrança de Curaçá: Ponciano Pereira Rêgo

Ponciano Pereira Rêgo/Reprodução facebook/Ponciano

“Minha lembrança mais intensa é a da minha aldeia.” (José Saramago, escritor português, 1922-2010)

Muito cedo na vida, conheci Ponciano Pereira Rêgo.

Tenho a data e local: 01/03/1974, Rua Coronel Pombinho, Centro de Curaçá.

Deu-se no contexto em que o prefeito Theodomiro Mendes da Silva buscou-me em Chorrochó para com ele trabalhar em sua primeira administração de Curaçá (1973-1977).  

Eu vivia em Chorrochó, simpático município sertanejo do Submédio São Francisco. Desfrutava do aconchego das admiráveis famílias Pacheco e Menezes, que sustentavam a vida política e as tradições do lugar.  

Theodomiro me captou, como se diz hoje. Coisas da amizade, coisas de amigos, coisas das circunstâncias.

Numa manhã Theodomiro me apresentou a Ponciano e teceu, ali mesmo, alguns comentários sobre aquele ilustre filho de Curaçá, que passei a admirá-lo.

Naquele tempo, Ponciano já vivia às voltas com as demandas do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Curaçá que à época, salvo engano, ainda era administrado pela Fundação SESP, do Ministério da Saúde.

Mais tarde, em 1998, a gestão do órgão foi transferida ao município e daí em diante todos sabem a história escrita por diligentes e responsáveis gestores do SAAE, certamente aprendizes de Ponciano Pereira Rêgo, a exemplo de: Rosendo dos Santos Filho, Dione Maria Félix de Oliveira, Jean Marcelo de Amorim Aquino Ramos, Maurízio Bim e Roque José Soares Ferreira, dentre outros igualmente admiráveis que se estão por lá até os dias de hoje.

Há registro – e não sei se estou bem certo disto – que o SAAE de Curaçá foi criado em 1963 na administração do prefeito Gilberto da Silveira Bahia, ícone da história e do mundo político de Curaçá.  

O SAAE é uma respeitável instituição que já alcança seis décadas. Como se vê, o tempo atesta sua credibilidade.

Nestes dispersos fragmentos, ocupo-me de Ponciano Pereira Rêgo, que se destacou na sociedade curaçaense e se firmou como exemplo de caráter e decência.

A última vez que vi Ponciano foi em 1975. Nunca me esqueci de sua urbanidade, educação, presteza e exemplo de vida para toda e qualquer geração.

Observação necessária:

Tem razão o ilustre mestre Reginaldo Vieira, que leu esta crônica e me socorreu, em respeito à História de Curaçá.

Gilberto da Silveira Bahia foi prefeito no período de 1959 a 1963 e José Félix Filho (Zé Borges) foi prefeito em dois períodos: de 1963 a 1967 e de 1971 a 1973.

A criação do SAAE vincula-se ao período de José Félix Filho.

O equívoco deste cronista ficou claríssimo e não pode arranhar a História do município.

Faço a observação e agradeço a contribuição de Reginaldo Vieira.  

araujo-costa@uol.com.br     

Deixe um comentário