
Guardo o envelope amarelado pelo tempo e a tristeza do conteúdo.
Naquele tempo – 1997 – ainda se escreviam cartas aos amigos, parentes, aderentes e conhecidos. Hoje, não mais. O progresso e as coisas modernas tolheram as formas de sustentar as amizades, cultivar as lembranças.
A douta professora Maria Rita da Luz Menezes dava-me a notícia do falecimento do esposo Francisco Lamartine de Menezes (1931-1997).
Maria Rita da Luz Menezes e Lamartine constituíram família exemplar, que sustenta suas raízes, como convém às proles bem estruturadas na educação e na firmeza de caráter.
Paulo José de Menezes, Geraldo Robério de Menezes, Humberto Antonio Pacheco de Menezes, Thereza Helena Cordeiro de Menezes e Ivana Lúcia Menezes de Menezes nasceram dessa união.
Agora, 27 anos depois, não mais através de carta, espalha-se a notícia do falecimento de Maria Rita da Luz Menezes.
Março o mês do adeus de ambos.
A crueldade desta notícia ruim teve o condão de entristecer todos nós, amigos e parentes de Da Luz.
Todavia, as peças que nos faltam à memória contribuem para dificultar o entendimento da grandeza de Maria Rita da Luz Menezes para a educação, a história e a estrutura familiar de Chorrochó.
A saudade e a lembrança cutucam, fragilizam os momentos, tingem as páginas do tempo e nos dão a medida de nossa pequenez diante da vida e da morte.
A liberdade de chorar se somou ao adeus, à despedida.
Deixo pêsames a todos da família de Maria Rita da Luz Menezes.
araujo-costa@uol.com.br