
Lula da Silva convidou todos os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sem exceção, para um rega-bofe na noite de 18/09/2024 na Granja do Torto, residência oficial de lazer do presidente da República.
Quem pagou a conta do caro convescote?
Evidente que os pagadores de impostos, ou seja, todos nós, mesmo e incluídos os famintos e os desamparados sobre os quais pesa a espada do poder opressor.
Dentre os atuais 31 ministros do STJ, 23 compareceram.
Comeram, beberam, sorriram, ouviram as lorotas de Lula da Silva contra o ex-presidente Bolsonaro, que é o esporte preferido do morubixaba de Caetés e foram-se para suas casas, satisfeitíssimos, buchos cheios de comidas e bebidas caras que só a elite pode desfrutar.
Enquanto isto, multiplicam-se nas ruas e nas praças pessoas famintas, mormente nos grandes centros urbanos. Em São Bernardo do Campo, terra de Lula da Silva, aumentam pedintes e desamparados de toda ordem.
Se num lampejo de lucidez uma dessas pessoas gritar por comida corre o risco de ser presa por atentar contra o Estado de Direito.
Vimos isto recentemente em Brasília, quando um morador de rua e um vendedor de água e bonés em semáforos foram presos de forma truculenta e amargaram a prisão porque circulavam em meio a pessoas que protestavam.
Não se sabe com que objetivo o presidente da República convida todos os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para falar mal do ex-presidente.
O ex-presidente Bolsonaro está até o pescoço com investigações e problemas no Judiciário, mas esta é outra história.
Agride a lógica um jantar com fins estritamente sociais, quando o assunto principal foi falar mal do ex-presidente.
Ou estamos diante da lógica da incongruência.
As ditaduras começam assim, sutilmente.
A Venezuela, por exemplo.
A ditadura chavista cooptou o Judiciário de lá que é cegamente a favor do ditador Nicolás Maduro, que Lula da Silva admira.
O filósofo francês Montesquieu (1689-1755), que criou a teoria de separação dos poderes, independentes e harmônicos entre si, certamente não tinha pensado neste lado: a vaidade confusa dos membros dos três poderes.
Entretanto, acredito num Poder Judiciário sério, moralmente inflexível e cumpridor de suas tarefas legais e constitucionais.
Assim devemos ensinar às gerações de hoje e levantarmos o archote da esperança.
araujo-costa@uol.com.br