O jeito desonesto e estúpido de fazer política

“Opinião é uma coisa que a gente dá e, às vezes, apanha.” (Max Nunes, escritor e roteirista, 1922-2014)

Guilherme Boulos (PSOL), candidato de Lula da Silva a prefeito de São Paulo, não surpreende, em nada, quanto ao jeito desonesto de fazer política, de resto comum em parte do lulopetismo.

Explica-se.

Milhares de imóveis em São Paulo estão sem energia elétrica há alguns dias, em razão de forte temporal que atingiu São Paulo na sexta-feira, 11/10/2024.

A concessionária ENEL (Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A), conhecida pelo péssimo serviço prestado, não consegue resolver o problema (resolveu parcialmente) e vem deixando a população ao deus dará.

Mas a ENEL é eficientíssima ao fazer as cobranças de contas de consumo e ao cortar o fornecimento de energia quando os consumidores atrasam o pagamento.

A concessão da distribuição de energia elétrica em São Paulo é regulada pelo governo federal e a fiscalização feita pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), autarquia federal que cuida do assunto.

Logo, a Prefeitura de São Paulo nada tem com isto e nada pode fazer, exceto podar árvores que dificultam os fios elétricos e cobrar, como qualquer outro consumidor, a pronta distribuição da energia.

Mas há um problema. Nem todas as árvores a Prefeitura deve podar sem a participação da ENEL que, em muitos casos, precisa desligar a energia para possibilitar o trabalho dos servidores municipais, sem risco de acidentes.

Noutros casos, cabe à ENEL fazer a poda ao identificar potenciais riscos, independentemente da Prefeitura.

É isto que a ENEL nem sempre faz e, em caso de fortes temporais, como este de agora, o caos instala-se e passa a ser geral.

Pois bem.

O deputado federal Guilherme Boulos é candidato de Lula da Silva e líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), um penduricalho do PT, com histórico de invasão de propriedades, inclusive públicas.

Boulos está se servindo da tragédia por que passam os paulistanos, em razão da falta de energia, para dizer que a “culpa é do prefeito” e assim está tentando jogar a população contra o adversário Ricardo Nunes (MDB) na disputa eleitoral. São Paulo terá 2º turno da eleição municipal.

Desonesto e maldoso o deputado Guilherme Boulos se vale do jeito estúpido, sujo e abjeto de fazer política.

Boulos sabe que a culpa pela falta de energia em São Paulo não é do prefeito Ricardo Nunes, mas se aproveita da situação com o intuito de beneficiar-se eleitoralmente da situação.  

Político pequeno, abominável, uma lástima. 

Sequer o mentecapto deputado-candidato explica honestamente à população que a fiscalização da concessionária é de responsabilidade da autarquia federal ANEEL, assim como qualquer decisão que venha punir a ENEL ou lhe fizer exigências legais e previstas no contrato de concessão pública.

Por exemplo, a palavra final quanto eventual decretação da caducidade da concessão, é do Ministério de Minas e Energia.

Boulos sabe disto sobejamente, mas não diz por uma razão muito simples. O governo federal é comandado por seu guru e padrinho político Lula da Silva.

Um pernóstico desse naipe ainda se diz apto para governar a pujante, respeitável e maior cidade do País.

Em tempo:

Não voto na capital de São Paulo. Portanto, não torço por Boulos nem por Ricardo Nunes.

araujo-costa@uol.com.br  

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