É possível que qualquer estudante primeiranista de ensino fundamental tenha conhecimento de que cabe aos Estados federados e, por óbvio, aos governadores, cuidarem da segurança pública e não aos prefeitos.
É atribuição prevista em lei.
O deputado Jorge Solla (PT-BA), lulopetista radical, conhecido por suas falas e discursos virulentos e sem noção, numa discussão estéril com ACM Neto (União Brasil), através da imprensa, disse o seguinte sobre a violência na Bahia:
“O ex-prefeito bolsonarista esqueceu de mencionar que as cidades mais violentas da Bahia e que enfrentam sérios problemas com o tráfico de drogas são justamente aquelas governadas pelo União Brasil ou por seus aliados”.
O deputado Jorge Solla foi além em seu delírio ideológico:
“Além de Salvador, que figura entre as capitais mais violentas do país e onde ACM Neto foi prefeito, elegendo seu sucessor, Bruno Reis, outras cidades baianas sob gestão do União Brasil ou de aliados também estão entre as mais perigosas. Entre elas estão Eunápolis, Feira de Santana, Simões Filho, Luís Eduardo Magalhães e Santo Antônio de Jesus”.
Está no site do PT-Bahia, ninguém me contou.
Ou seja, segundo Sua Excelência, o problema da violência na Bahia é da oposição e não do PT que governa o Estado desde 01/01/2007 ininterruptamente por 17 anos e tem atribuição legal de cuidar da segurança pública.
O cerne do comentário é a disputa pela Prefeitura de Camaçari. O candidato do PT deve ganhar lá.
O deputado Jorge Solla sabe que está misturando alhos com bugalhos e sabe que a segurança pública não é assunto de competência dos prefeitos.
Mas, como disse Dona Dilma Rousseff, para ganhar eleição, o PT faz “aliança até com o diabo”.
Então, diante disto, uma acusação qualquer sem sentido, como essa do deputado, não faz mal, exceto aos ouvidos de quem sabe que a verdade é outra.
É assim que o PT faz política, sendo PT em sua essência: procurando culpado para seus erros.
O erro mais grave do PT é ser PT.
Post scriptum:
O União Brasil faz parte do governo de Lula da Silva. Salvo engano, tem três ministros lá: Celso Sabino (Turismo), Juscelino Filho (Comunicações) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), este último indicado pelo senador Davi Alcolumbre.
O deputado Jorge Solla silenciou quanto a isto.
araujo-costa@uol.com.br