“Restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos” (Stanislaw Ponte Preta, jornalista e escritor carioca, 1923-1968)
O Supremo Tribunal Federal anulou todas as condenações de José Dirceu de Oliveira e Silva, ex-ministro da Casa Civil de Lula da Silva e um dos esteios mais firmes do Partido dos Trabalhadores (PT).
Não há novidade nisto. Já era esperado.

O STF já havia anulado os processos de Lula da Silva e de outros mandachuvas da elite, políticos, grandes empresários, inclusive das antigas Odebrecht e OAS, que lastrearam as condenações de Lula, depois anuladas pelo Poder Judiciário.
Difícil a sociedade ou parte dela entender essas decisões judiciais, considerando que não se vê a Justiça anular processos instaurados contra pobres, desamparados, famintos e pessoas sem voz e sem dinheiro para pagar advogados.
Numa dessas condenações anuladas, José Dirceu havia sido condenado a 23 anos e três meses de prisão por ter recebido R$ 15 milhões em propinas pagas pela Construtora Engevix, tendo como origem cinco contratos firmados com a Petrobras.
O político petista foi acusado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
José Dirceu estava inelegível. Agora, livre das condenações, adquiriu a condição de ficha limpa e certamente sairá candidato do PT nas eleições de 2026 e será um dos representantes dos paulistas na Câmara dos Deputados.
Atualíssima a frase de Stanislaw Ponte Preta.
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