
D. Anete Lustosa faleceu a 30/11/2024, em Chorrochó.
Espirituosa, alegre, afável e atenciosa, D. Anete era presença forte em Chorrochó.
Sinônimo de decência e hombridade, D. Anete fez parte de uma geração respeitosa e exemplo para muitos de seu tempo.
Atenciosa com todos, sorriso meio lá, meio cá, quase irônico, encantador.
Anete Cabral Lustosa era descendente de família pernambucana de Parnamirim e se casou com Horácio Pires de Menezes de quem era viúva.
Parêntese: Tenho dúvida se o nome correto é Horácio Pires de Menezes ou Horácio Pacheco de Menezes.
Para não me permitirem arranhar a História, recorro ao conspícuo Dr. Francisco Afonso de Menezes e à professora Neusa Maria Rios Menezes de Menezes, que entendem do esteio familiar e da história de Chorrochó quanto ao nome correto de Horácio.
Para nós, que ainda ficamos por aqui, o espaço que damos às lembranças talvez seja uma forma singela de homenageá-la e agradecer sua presença amiga na sociedade de Chorrochó.
É o esmiuçar da saudade e a certeza de que valeu a pena percorrer o tempo que ficou para trás, o convívio com as boas pessoas.
A fé lhe sustentou o turbilhão da vida bem vivida. Terminou a carreira e guardou a fé (“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”, 2 Timóteo, 4:7).
Chorrochó, décadas atrás.
Minha memória já esburacada reteve o encontro na casa de Socorro e Virgílio. D. Anete chegou, cumprimentou a todos, brincou com o sobrinho e Dr. Evaldo Menezes, que a provocou (ambos tinham uma maneira sadia de brincar, de cutucar o outro), conversou com todos, encheu a casa de alegria e se retirou.
Nunca mais a vi.
Faço o registro de seu falecimento e deixo pêsames à família e abraço fraterno a Cássio Lustosa.
Cássio é profissional respeitado e graduado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco e cria da Escola Tercina Roriz, de Belém do São Francisco.
Bom rapaz, Cássio está entre os que me são caros e admiro.
Em tempo:
Chegou ao conhecimento deste Blog que por ocasião do velório de D. Anete Lustosa, acontecia no CRC CLUBE uma festa organizada por formandos do Colégio Estadual de Tempo Integral São José. Festa barulhenta e desrespeitosa à memória da falecida.
Pessoas que estavam no velório sentiram-se incomodadas e, mais do que isto, indignadas.
É razoável supor que festas de formandos, em Chorrochó ou qualquer lugar, tenham uma comissão organizadora e, em consequência, um responsável que delineia as decisões.
Neste caso, o responsável não agiu para instaurar o bom senso, a sobriedade e, sobretudo, o respeito à memória da falecida. Faltou respeito às tradições do lugar.
Em quadro assim, caberia à comissão organizadora adotar providências para minorar o barulho e, na falta de comissão, isto caberia aos dirigentes do Clube e, por último, à diretoria do Colégio. Ou a todos, simultaneamente.
Entretanto, parece que todos ficaram silentes e acomodados.
Faltou solidariedade, sobrou egoísmo.
É a juventude de hoje, constituída de formandos ou não, que constrói uma sociedade melhor, respeitosa e educada, inclusive para sua descendência e gerações futuras.
Também faz parte dos horizontes e dos sonhos da juventude a construção de uma sociedade sadia e de boa convivência entre todos.
O direito que exigimos respeito vai até o limite do direito dos outros.
Observação:
Tendo em vista minha dúvida quanto ao nome de Horácio, o Dr. Francisco Afonso de Menezes esclareceu que o nome correto é Horácio Pacheco de Menezes.
Agradeço a presteza e a colaboração.
araujo-costa@uol.com.br