
De supetão, acudiu-me a ideia de ler alguns textos da insigne professora Ivete Ribeiro, que vem a ser Licenciada em Geografia e com Especialização em Geografia e Pedagogia, além de outras qualificações.
Minhas ideias sempre vivem compatibilizadas com supetões. De repente, pulo a janela dos sonhos e saio, por aí, confusamente, garimpando meandros de fatos idos e suas versões, mormente quando adstritos à História do sertão da Bahia, terra deste insignificante e abelhudo escrevinhador.
Deparei, en passant, com algumas referências ao livro Barrro Vermelho – História e Genealogia, que a professora Ivete lançou em 23/06/2022 e trata da origem do lugar e, como o título diz, da genealogia de sua gente.
O lançamento do livro deu-se em Barro Vermelho, distrito de Curaçá, celeiro de músicos, escritores e intelectuais de toda ordem, dentre eles se sobressaem, por exemplo, o jornalista e escritor Maurízio Bim, que tem raízes no distrito, Hélio Coelho Oliveira, a própria Ivete Ribeiro e o maestro Filemon Martins, honra e glória do lugar.
Ademais, repousam em Barro Vermelho os esteios da história de João Gilberto que se estenderam a Juazeiro e ao mundo.
A professora Ivete Ribeiro é autora de uma profusão de textos de amplidão impressionante, inclusive sobre famílias de Uauá que, de resto, abriga grande riqueza histórica dos Ribeiro, da qual fez parte o ínclito coronel Jerônimo Rodrigues Ribeiro, falecido em 29 de janeiro de 2015 aos 98 anos, deixando um lastro de exemplos de vida e de enriquecimento histórico.
Aliás, sobre o conspícuo coronel Jerônimo Ribeiro escrevi, alhures, um artigo que anda esparso por aí, pobre e lacunoso, mas fiel à memória do ilustre filho de Uauá.
Conseguintemente, quero deixar registrado aqui meu apreço pela obra literária da professora Ivete Ribeiro e me predisponho a pesquisar mais sobre seu vasto caminho intelectual para não correr o risco de sair por aí escrevendo inadequações.
Post scritum I:
Há alguns anos, um leitor deste blog disse que eu não tenho estilo, misturo diversos assuntos no mesmo texto, alhos com bugalhos.
O leitor tem razão.
Este negócio de ficar me perdendo e me achando no mesmo espaço faz parte de minhas elucubrações.
Sou um cronista do acaso e nesta altura da vida, não estou preocupado com estilo. Diante de tantas atrocidades que vemos ao nosso redor no dia a dia, há outras razões para reflexões e preocupações.
Post scriptum II:
Caminha para dez anos o lançamento do livro Barro Vermelho-memória e espaço, do escritor curaçaense Maurízio Bim. O lançamento da primeira edição deu-se em 06/11/2015 e o da segunda edição aconteceu em 19/06/2022.
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