Menos, Cantanhêde, menos.

“Ao rei tudo, menos a honra.” (Calderón de la Barca, poeta e dramaturgo espanhol, 1600-1681)

A jornalista lulopetista Eliane Cantanhêde, comentarista da GloboNews, na ânsia de agradar o presidente Lula da Silva e seu governo, cometeu uma barbaridade ridícula e patética, incompatível com o jornalismo sério que, aliás, anda muito escasso pelas bandas do Grupo Globo.

Jornalista Eliane Cantanhêde/Reprodução Google

No programa Em Pauta, espécie de espaço disponibilizado para bajular o governo, Eliane disse o seguinte: “Descredibilizar e atacar medidas públicas é crime”.

Ou seja, a jornalista conseguiu transformar em crimes críticas democráticas a ações governamentais.

Críticas são salutares e sempre existiram em qualquer tempo, em qualquer governo, em qualquer parte do mundo.

Nem nas mais cruéis ditaduras, criticar ações de governo é crime. Aceitá-las é outra história.

Eliane Cantanhêde não sabe que, nas democracias, oposição e governo coexistem pacificamente, convivem no mesmo espaço das ideias e que as leis penais devem ficar à margem dos debates democráticos.

A jornalista tomou as dores do governo porque alguns parlamentares da oposição criticaram as polêmicas medidas do PIX que Lula da Silva queria implantar, depois revogadas por determinação do presidente, em razão de pressão da sociedade.

Talvez a jornalista Eliane Cantanhêde devesse se mudar para Cuba,  Venezuela ou Nicarágua, onde aqueles regimes políticos atraem a admiração do presidente Lula da Silva, que ela adora e até o chama de “gênio”.   

Como dizia o professor Raimundo, quando seu aluno exagerava na bajulação: menos, Eliane Cantanhêde, menos.

araujo-costa@uol.com.b

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