Deslumbramento e soberania do Brasil à deriva.

Janja/Crédito: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Tirantes o constrangimento criado na China pela primeira-dama do Brasil e sua deslumbrada insignificância, o episódio serve para reforçar que o papel da primeira-dama, qualquer que seja ela, em qualquer governo, nada tem a ver com funções de Governo e de Estado.  

Logo, a primeira-dama não deve se imiscuir em assuntos oficiais tratados entre o Brasil e os demais países. A função é restrita ao presidente da República que é chefe de Governo e de Estado.

O respeitável corpo diplomático brasileiro, por sua vez, faz a atribuição que lhe compete, consoante o estilo e regras do Itamaraty.

Quebrar protocolo em eventos oficiais é reprovável e constrangedor, mormente em visita a países amigos, na casa do anfitrião. Foi o que Janja fez estabanadamente e ofuscou a visita do presidente Lula à China.

De tão bizarro e fora de esquadro o episódio protagonizado na China pela primeira-dama Janja, que a equipe de Lula da Silva se sentiu constrangida e o presidente chinês e sua mulher deram um chega pra lá na deslumbrada mulher do presidente.   

D. Janja precisa ler, para aprender a se comportar, sobre a grandeza e a  conduta das primeiras damas Sarah Kubitscheck (esposa de Juscelino Kubitscheck), Eloá Quadros (esposa de Jânio Quadros), Ruth Cardoso (esposa de Fernando Henrique Cardoso), dentre outras.

Se as indevidas interferências da primeira dama continuarem em assuntos oficiais, das duas, uma: ou presidente Lula da Silva não manda mais em seu cambaleante governo, ou o seu redor virou uma esculhambação, o que não chega a ser nenhuma novidade.  

Entretanto, o que é mais constrangedor é o presidente Lula da Silva pedir ao presidente chinês para enviar uma pessoa de confiança ao Brasil com o objetivo de interferir no controle das redes sociais em território brasileiro.

Por onde anda a soberania do Brasil?

araujo-costa@uol.com.br  

Deixe um comentário