Duas insanidades vociferadas por Lula da Silva arranham a decência política e o respeito à população.

Em Salgueiro, sertão de Pernambuco, Lula disse que não se pode votar em “qualquer tranqueira”. Discurso eleitoreiro e inoportuno, fora de tom e de época.
Com isto, Lula advertiu os próprios eleitores que votaram nele e reconheceu-se a si mesmo.
Em Cachoeira dos Índios, extremo oeste da Paraíba, Lula invocou em vão o nome de Deus, coisa que ele costuma fazer constantemente. Aliás, Lula não somente costuma invocar o nome de Deus como arrasta-o para justificar suas estripulias.
Lula disse: “Deus deixou o sertão sem água porque ele sabia que eu ia ser presidente da República e que eu ia trazer água para cá”.
Beira à blasfêmia. Mais do que isto: narcisismo asqueroso, coisa de quem não tem o que dizer, senão inventar asnices.
Pior não foi Lula dizer essas asneiras. É próprio dele, não há novidade nisto. Sempre foi assim. Pior foi seus súditos aplaudirem, muitos deles pendurados nos cabides de emprego arranjados pelos políticos locais.
Entretanto, é preciso tolerar Lula da Silva. É nosso presidente, foi escolhido pela vontade soberana da maioria. Ele está definhando politicamente, cansado, frágil, adoentado, intolerante.
Mas há esperança que doravante despontem estadistas no horizonte político do Brasil e não demagogos. E que seja apagado este rastro de políticos vazios e embusteiros.
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