Fernando Menezes, uma saudosa referência

Fernando José de Menezes e a esposa Ione Vasconcelos Menezes/Arquivo da família

O título desta crônica, que fala de saudade, poderia ser outro, deveria ser outro.

Entretanto, nesses momentos de vazio, nenhuma crônica é apropriada, nenhum título se adéqua à crueldade do adeus dessa natureza.

Já fui questionado sobre o costume de escrever sobre pessoas que já se foram, inobstante meus textos serem esparsos e pendurados na realidade do dia a dia, o que, de resto, é a razão de ser do cronista.

Escrevo sobre amigos, parentes de amigos, amigos de amigos, pessoas que foram ou são importantes em minha vida e significam muito em meu caminho de tropeços, mesmo in memoriam.

O obituário costuma fazer parte de minhas frágeis crônicas, pois elas retratam, em análise verdadeira, uma forma de gratidão àquelas pessoas que passaram ao meu redor – ou eu passei ao redor delas – nalguma parte do tempo e da vida.   

Chorrochó perdeu recentemente um de seus filhos queridos, Fernando José de Menezes. Conheci-o em Chorrochó, ainda criança, subindo os degraus em direção à adolescência.

Nascido a 04/05/1963, Fernando era filho da professora Maria Daparecida Mazarelo de Menezes e do agrônomo Antonio Valter de Menezes. Essse casal teve, além de Fernando, Ana Paula de Menezes e Ana Patrícia de Menezes.

A estrutura moral de Fernando José de Menezes se sustentou nos conhecidos princípios basilares dos Menezes de Chorrochó. Foram seus avós maternos Maria Alventina de Menezes (Iaiá) e Joviniano Cordeiro de Menezes (Jovinho) e avós paternos Alventina Soares de Menezes e José Pacheco de Menezes (Deca).

Graduado em Engenharia, Fernando era casado com a professora Ione Vasconcelos de Menezes com quem teve as filhas Izabella Menezes e Gabriella Menezes, ambas médicas.

A inevitabilidade da finitude atesta que qualquer dia eu também me vou. E antes que eu me vá, é-me saudável continuar escrevendo sobre pessoas que se foram primeiro, mas que valeu a pena conviver com elas ou ter tido notícias agradáveis delas.

Deixo esta saudosa referência de Fernando José de Menezes e pêsames à família.

araujo-costa@uol.com.br

Deixe um comentário