Acreditar nos sonhos e na arte de não apressar o rio

“Não apresse o rio. Ele corre sozinho” (Barry Stevens, terapeuta e escritora americana, 1902-1985)

Em idade septuagenária, não me sobra mais tempo de olhar somente para trás, relembrar os tropeços e ajoelhar-me diante das intempéries que me fragilizaram no decorrer da vida até aqui.

Resta-me, creio, agradecer a vida e o que Deus me deu como acréscimo ao longo de minha caminhada, nem sempre em jardins floridos, porque a existência também nos dá espinhos e nem sempre em tempo de folhas caídas. E também nos traz incompreensões.

Na aurora da vida, a mocidade permite os sonhos, abre o caminho à utopia, dá-nos o preparo para enfrentar o entardecer quando ele chegar e emoldura o caráter para ajustá-lo à convivência quase sempre em contato com a maldade e a incompreensão que a sociedade nos oferece todos os dias.

O segredo talvez seja não apressar o rio, deixá-lo correr no vagar dos dias, sem abdicar dos sonhos e das perspectivas de crescer como pessoa e profissional. Isto pressupõe ser humilde e útil a quem precisa de nós. São tantos e são muitos.

A juventude permite os sonhos, mas também dá a ferramenta para a construção do caráter.

Inverno de 2025, 10 de julho. Desejo felicidade plena a Thássia Anneyse, um dos meus tesouros que Deus me deu. Há outros: Thábata, Thamara, Luísa e Vicente.

Com esses tesouros a vida permite participar de nossas agruras comuns, mas com a certeza de um amanhã mais límpido, com horizontes mais alcançáveis e coragem para enfrentar a escuridão quando ela se faz presente.

Thássia, que Deus lhe sedimente seus sonhos, dê-lhe coragem para enfrentar os tropeços da vida e a compreensão de que nunca devemos apressar o rio.

Luísa veio completar o seu mundo de amor e surpresas. Que vocês se amparem mutuamente.

Parabéns. Feliz aniversário.   

araujo-costa@uol.com.br

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