Chorrochó, 71 anos: tempo de otimismo e esperança  

“Errar muito nos ensina a acertar um pouco. Ser homem público é ser curioso com a vida, cutucar a história e conspirar para mudar o tempo” (Armando Falcão, ministro da Justiça de Juscelino Kubitscheck,1919-2010)

Chorrochó alcança 71 anos de emancipação política neste 12 de setembro ostentando uma novidade alvissareira: o dinamismo do prefeito Dilan Oliveira (PC do B), empossado em janeiro, que trouxe visíveis sinais de esperança e otimismo ao município.

Por óbvio, em todo caminhar há tropeços. Bem por isto, a história de Chorrochó registra avanços tímidos nessas sete décadas. Sucessivas gestões titubeantes ofuscaram prioridades, até por ausência de visão de futuro e em razão, talvez, da precariedade das rendas do município.

Dorotheu Pacheco de Menezes no dia da emancipação, um dos baluartes da emancipação de Chorrochó/Arquivo da professora Neusa Maria Rios Menezes de Menezes

O aniversário do município comporta outro registro, desta vez relativamente ao Legislativo.

A Câmara Municipal de Chorrochó mudou, vem mudando para melhor. Não é “achismo”, é uma constatação. Há alguns anos, amargava histórico de apatia e ociosidade quanto à construção do futuro do município.

Considerados alguns interregnos louváveis, a Câmara de Chorrochó mais se posicionou como simples anuente de decisões e de atos do Poder Executivo Municipal e isto dificultou, em anos, o desenvolvimento do município.

Faltou inquietude, vigilância, dinamismo e olhar atento às necessidades da população. Quiçá, sobrou comodismo dos vereadores.

Agora – e já há algum tempo, felizmente – a Edilidade parece ter avançado em direção aos interesses mais prementes da sociedade. E aqui cito a dinâmica presidência de Pascoal Almeida Lima Tercius (Tércio de Fafá), sem, contudo, ofuscar o mérito das demais, todas merecedoras de respeito e reconhecimento.  

É razoável presumir que a direção da Câmara Municipal, hoje, está em boas mãos.

O caminho foi estrategicamente atapetado pela experiente vereadora Sheila Jaqueline (PP), reeleita à recondução na Câmara, que chamou para si a certeza de confiança da população e sinais visíveis de credibilidade sustentados no dizer das urnas.

De qualquer modo, como já escrevi muito sobre o município de Chorrochó – e até tenho sido repetitivo – hoje me quedo mais aos seus encantos, até para contribuir com aqueles leitores que não costumam apreciar meus textos.

O escritor e jornalista francês Georges Bernanos (1888-1948) escreveu que “a única diferença entre um otimista e um pessimista é que o primeiro é um imbecil feliz e o segundo é um imbecil triste”.

Insisto em ser otimista e, neste particular, um imbecil feliz: Acredito que Chorrochó vai melhorar, precisa melhorar.

O aniversário do município é propício para citar nomes que, dentre muitos, contribuíram ou contribuem para que Chorrochó permaneça célere na construção de seu futuro.

Francisco Pacheco de Menezes, Eloy Pacheco de Menezes, Aureliano da Costa Andrade, Dorotheu Pacheco de Menezes, José Calazans Bezerra (Josiel), Antonio Pires de Menezes (Dodô), Pascoal de Almeida Lima, Sebastião Pereira da Silva (Baião), José Juvenal de Araújo, João Bosco Francisco do Nascimento, Paulo de Tarço Barbosa da Silva (Paulo de Baião), Rita de Cássia Campos Souza, Humberto Gomes Ramos.

Cerimônia de emancipação de Chorrochó. Governador Regis Pacheco ao centro e a seu lado a professora Maria Nicanor de Menezes Veras/Arquivo da professora Neusa Maria Rios Menezes de Menezes

Ressalvadas eventuais omissões, neste aniversário de 71 anos, a Câmara Municipal de Chorrochó compõe-se de vereadores distribuídos por três partidos políticos, PP, PC do B e PT: Walber Alves dos Santos, Marcos Vinícius Pereira Jericó, Joelson Alves Moreira, Jane Edla Fonseca de Souza, Sheila Jacqueline Miranda Araujo, Eliete Conceição, Ednaldo de Zé de Nita, Antonio José Chefinho e Lívio Fonseca.

Destes, se me não engano, apenas dois em primeiro mandato. Lívio Fonseca, o mais votado no município nas eleições de 2024 e Ednaldo de Zé de Nita, atual presidente da Câmara, uma grata surpresa da simpática Caraíbas de Oscar, respeitável  núcleo político-eleitoral da família de Oscar Araújo Costa.

Há – parece – uma costura política no sentido de que a vereadora Sheila Jacqueline volte a presidir a Câmara no biênio 2027/2028.

O aniversário do município requer, ainda, outra observação. A Bandeira de Chorrochó foi apresentada ao público pela primeira vez no desfile cívico de 12/09/1984.

A Bandeira de Chorrochó foi idealizada por uma equipe respeitável constituída de Dr. Francisco Afonso de Menezes, Maria do Socorro Menezes Ribeiro, Maria Therezinha de Menezes, José Juvenal de Araújo, Maria Creuza Miranda dos Santos Araújo e Marina Maria de Araújo Menezes.

Neste 12 de setembro, resta-nos desejar êxito às autoridades de Chorrochó, mormente ao prefeito Dilan Oliveira e ao presidente da Câmara Municipal. Muita disposição para o trabalho e soerguimento moral para sustentar a defesa e respeitar os pilares da sociedade chorrochoense, independentemente de corrente ideológica, viés político e coloração partidária.

araujo-costa@uol.com.br

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