
Em 13 de junho de 1968 deu-se a fundação da Sociedade 13 de Junho de Patamuté.
Conforme o artigo 1º, dos Estatutos Sociais, a sociedade tinha como objetivo: “promover o desenvolvimento cultural e artístico da terra, na média do possível para o seu engrandecimento moral e intelectual, bem como auxiliando a todas as organizações locais, como o mesmo fim”.
Segundo o artigo 2º, dos Estatutos Sociais, a sociedade também tinha como objetivo “promovssser reuniões culturais e artísticas, manter uma biblioteca e pugnar pelo progresso e pelos interesses sociais e culturais do distrito de Patamuté”.
A primeira Diretoria foi assim constituída:
Presidente: Adonai Matos Torres
Vice-Presidente: Manoel Brandão Leite
1º Secretário: Mario Mattos Lopes
2º Secretário: José Mendes Fonseca
Tesoureiro: José Gomes Reis Filho
Portanto, há cinquenta e sete anos, alguns homens de Patamuté sonharam com o desenvolvimento do lugar, não obstante as precariedades conhecidas.
As festas dançantes daquele tempo realizavam-se nas dependências do Prédio Escolar (Escola Estadual de Patamuté) na saída para o Paredão.
Daí os fundadores da Sociedade 13 de Junho vislumbraram a necessidade de um clube social para reuniões e bailes.
Embora não seja historiador, guardo um exemplar dos Estatutos da Sociedade 13 de Junho de Patamuté, fundada em 1968.

Mais de cinco décadas depois, já abraçado à velhice, continuo abestado, revivendo sonhos que não consegui vê-los realizados e escrevendo sobre assuntos que pouco ou nada interessam a quem lê.

Hoje qualquer papel estrutural em benefício de Patamuté cabe aos jovens, já que as gerações passadas nada conseguiram, inclusive a minha. Aliás, minha geração fracassou em quase tudo.
Confesso – mais que confessar, reconheço – que minha geração fracassou quanto ao soerguimento de Patamuté, quer sob o ponto de vista social, quer sob o prisma político e cultural.
A situação econômica de Patamuté é outra história. Sempre necessitou de políticos visionários que Curaçá e Patamuté tiveram dificuldade de produzir.
Há algum tempo, a população de Patamuté se uniu com vistas à reforma do Clube de Patamuté que a reiterada ausência de condições o colocou à beira do desmoronamento.

Patrimônio da comunidade local, o clube vem passando por reforma, resultado de iniciativa, esforço e contribuição de alguns abnegados filhos, moradores e amigos de Patamuté.

Se o Clube de Patamuté fosse uma instituição pública, talvez nem houvesse mais escombros, a exemplo da Escola Estadual acima referida. O descaso dos políticos já teria dizimado.
Nesta quadra do tempo, a esperança repousa na juventude de Patamuté e nos seus professores, baluartes da terra e sustentáculos de seus sonhos. Somente eles são capazes de delinear novos horizontes para o lugar.
A Sociedade 13 de Junho não se sustentou. O Clube de Patamuté, resultado dela, tenta levantar-se.
araujo-costa@uol.com.br