Cota de Rita e a memória de Patamuté

Em 24/08/2017, publiquei esses fragmentos sobre a memória de Patamuté.

Reproduzo-os, agora, com o intuito de reviver o tempo, as amizades, a vida da então pacata Patamuté.

Esta foto é de Cota de Rita (Maria do Nascimento), figura conhecidíssima em Patamuté. O crédito da foto é da Missão Geológica Alemã (MGA) e foi publicada no “Relato de uma viagem”, elaborado pelo Serviço de Imprensa da Embaixada da Alemanha no Brasil.

Cota de Rita/Crédito: Missão Geológica Alemã, Patamuté, 1969.

A Missão Geológica Alemã (MGA) esteve em Patamuté estudando o solo no Sítio de Chicó, com vista à prospecção de cobre, em parceria com a SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste).

A publicação é de 1969.

O Jornal Folha de S. Paulo enviou o correspondente especial Pedro D’Alessio à região, que publicou brilhante reportagem na ocasião.

Pedro D’Aléssio retratou o Patamuté da época e o viver de nossa gente simples e alegre.    

A missão instalou equipamentos para sondagens profundas no Sítio de Chicó e registrou algumas imagens de Patamuté. Chicó era irmão de Antonio Ferreira Dantas Paixão, líder político e comerciante em Patamuté.

A família Paixão é numerosa e muito respeitada em Patamuté e adjacências.

Como estou me referindo a memória, devo registrar que catei muito umbu no lugar conhecido como serrote, em companhia de Cota de Rita e outros jovens amigos de Patamuté.

Ao amanhecer, atravessávamos o Paredão e dividíamos com as cabras de Israel Henrique de Souza os umbus orvalhados caídos ao chão.

Cota de Rita era inteligente e admirável. Sua dignidade era impressionante. Guardei muitas de suas lições acerca de como viver naquele mundo de dificuldades sem ajoelhar-se diante dos obstáculos.

araujo-costa@uol.com.br

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