Nada menos do que R$ 21,5 milhões (R$ 21.584.142,90) é a bagatela que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) pretende arrancar dos baianos para direcionar ao governo comunista de Cuba.
Explica-se: A Secretaria de Saúde da Bahia quer selecionar 60 estudantes da zona rural, desde que comprovem “trajetória de participação comunitária e/ou atuação social, por meio de Carta de Recomendação de Movimento Social” para estudarem Medicina em Cuba.
Entende-se, por óbvio, que o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), ponta de lança dos movimentos sociais do lulopetismo, está habilitado para recomendar quais os alunos que irão estudar em Cuba.
Nunca é demais observar que o radicalíssimo ministro Guilherme Boulos (PSOL-SP), que substituiu Márcio Macedo, de Sergipe, cuida dos movimentos sociais e trabalha no Palácio do Planalto em absoluta sintonia com o ministro petista Rui Costa, da Casa Civil, ex-governador da Bahia e padrinho político de Jerônimo Rodrigues.
O governo baiano engendrou a ideia “como foco na formação para atuação em áreas rurais de vazio assistencial no interior da Bahia”.
Em Cuba, tais estudantes vão estudar na ELAM (Escola Latino-Americana de Medicina) criada em 1999 pelo amigo de Lula da Silva e ditador Fidel Castro (1916-2016), o que não é difícil presumir que serão doutrinados consoante as leis cubanas.
Grosso modo, o programa do governador Jerônimo Rodrigues se erige em máscara técnico-científica, mas pode esconder possível doutrinamento político, mesmo que essa não seja a intenção de Sua Excelência que, até prova em contrário, parece um bom e humilde sujeito do interior.
Como se vê, o caso difere, fundamentalmente, do Programa Mais Médicos, criado no governo da petista Dilma Roussef. No Mais Médicos, o governo brasileiro pagava à ditadura cubana e esta mandava médicos para trabalharem no Brasil.
O mais estranho é que, segundo sobejamente publicado pela imprensa, os médios cubanos recebiam somente entre 25% a 40%, sendo que o restante do dinheiro pago pelo Brasil ficava como o governo de Cuba.
Neste caso, mais vergonhoso, a Bahia está financiamento diretamente o governo de Cuba para acolher aproximadas seis dezenas de estudantes da zona rural baiana.
A seleção dos estudantes, nos moldes determinados pelo governo baiano, parece ficar a cargo da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) que, aliás, tem curso de Medicina.
Pergunta-se:
Por que o governo da Bahia, ao invés de enviar R$ 21,5 milhões para Cuba, não investe no ensino de Medicina em nossas instituições baianas que são reconhecidamente sérias e respeitáveis?
Por que o governador Jerônimo Rodrigues precisa remeter estudantes do interior do Estado para Cuba e não os graduar na Bahia ou noutras instituições brasileiras?
Com tanto dinheiro para mandar pra Cuba, presume-se, então, que a Bahia não tem problema de segurança pública, a educação vai muito bem obrigado e, por extensão, saúde e demais demandas da população não enfrentam problemas.
Como uma conversa puxa outra, voltando no tempo e lembrando um pouco de História:
Segundo o Exército do Brasil, pelo menos 202 brasileiros da esquerda foram treinados em Cuba, em táticas de guerrilhas, entre 1965 a 1971, dentre eles José Dirceu de Oliveira e Silva (Zé Dirceu), hoje e desde sempre, manda chuva do PT.
Quem se interessar pelo assunto, está em artigo de Mário Magalhães escrito há mais de 25 anos, Folha de S.Paulo de 11/06/2000.
José Dirceu foi treinado em Cuba com o objetivo de instalar uma revolução comunista no Brasil. Ele foi para Cuba em 1969, depois de, com outros companheiros, ter sequestrado o embaixador Charles Elbrick, dos Estados Unidos.
O jornalista Fernando Gabeira (GloboNews), que participou do sequestro do embaixador, conhece bem a história e está aí vivíssimo da silva, para contar, se quiser e lhe for perguntado.
Aliás, Gabeira já disse, do alto de sua costumeira sinceridade, que a intenção dos militantes de esquerda daquela época não era somente derrubar a ditadura militar, mas, principalmente, implantar uma ditadura de esquerda.
Entretanto, a anistia de 1979 frustrou o intento desses guerrilheiros treinados em Cuba e, graças a Deus, ainda somos uma democracia. Ou pensamos que somos.
Post scriptum:
Fonte: Bahia Notícias
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