Opinião do leitor e professor Santana

Em data recente, publiquei neste blog, artigo com o título Deputado Mário Júnior pode ser a esperança do sertão.

Leitor que se deu ao trabalho de ler o artigo e se identifica como Professor Santana, o que muito agradeço, observou: “Esta matéria tem cheiro de jabá”. (WhatsApp, Grupo Política Curaçaense, domingo 28/05/2023).

Não, professor. Não tem cheiro de jabá. Seu olfato não está bom. Convém cuidar dele para não sair por aí sentindo cheiro onde não existe.

Jabá, para quem não sabe – e ninguém tem obrigação de saber – é um eufemismo existente nos meios jornalísticos e de comunicação para significar recebimento de recompensa, noutras palavras, de propina, para priorizar publicação de matérias ou viabilizar o comparecimento a programas jornalísticos, de entretenimento ou de qualquer natureza do interesse de quem se dispõe a pagar.

Como se vê, é uma pratica aética, imoral, desprezível, hipócrita.     

Confesso ao conspícuo e nobilíssimo professor que, inobstante a prática que ele parece achar corriqueira, ainda sou um dinossauro ético e prezo pelo exercício diuturno da ética em qualquer profissão ou atividade humana, inclusive, por óbvio, no jornalismo.

Não tenho a pretensão de ter a “espinha inflexível do caráter”, como diria Raul Pompéia (O Ateneu), mas considero-me incapaz de receber quaisquer recompensas a troco de eventual publicação de qualquer assunto, em meu blog, que beneficie A, B, C ou Z.

Quiçá, eu seja o “avesso, do avesso, do avesso”, como diria Caetano Veloso, concernentemente à prática que o ilustre mestre Santana equivocadamente aponta em minha humilde conduta.

Para conhecimento do insigne professor, esclareço que não conheço o deputado Mário Negromonte Júnior  (PP-BA) e nunca fiz contato com sua assessoria pessoal ou parlamentar, de modo que o jabá não existiu, nem é do meu feitio receber.

Ademais, é razoável supor que o deputado não estaria disposto a pagar se, indecentemente, fosse instado a fazer. É temerário generalizar, menos ainda, quando se trata de um jornalista das caatingas de Patamuté. Lá a vergonha vem do berço.

O artigo restringe-se tão somente à história política do sertão baiano e, como tal, não tem o intuito de elogiar ou enaltecer o deputado Mário Negromonte Júnior.

No mais, sou grato ao professor Santana por ter lido meu texto e penitencio-me se não estiver à altura de seu conhecimento de mestre, mormente relativamente ao jabá.

araujo-costa@uol.com.br

Uma consideração sobre “Opinião do leitor e professor Santana”

  1. Caro jornalista Valter, de fato o termo JABÁ , no mundo das comunicações tem o sentido a qual o senhor afirma, não houve intensão de depreciar sua imagem, porém atuei muito tempo em veículos de comunicação ao e as características da matéria, se confundem com matéria de assessoria, como o senhor mesmo afirma que não conhece o Deputado, não entendi o preciosismo divulgado, na figura do Deputado em questão, mas está , agora, esclarecido.

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