
Esta foto foi reproduzida do perfil de Nelson Cano no facebook.
Veem-se da esquerda para a direita, em Patamuté: D. Didi, Elzinha (esposa de Nelson Cano) e Ambrosina.
É um retrato da vida, retrato de um tempo em Patamuté. Coisas que o tempo atesta, sedimenta, pereniza.
Delanidia Matos (D.Didi) nasceu em Patamuté e se mudou para São Paulo ainda muito jovem. Constituiu família na terra bandeirante e por lá vive até hoje, graças a Deus.
A idade de D. Didi não vem ao caso dizer aqui, mas em respeito à História de Patamuté e a título de registro, presumo que esteja na casa dos noventa e três anos.
Estar na casa de noventa e três anos não significa dizer que a idade seja exatamente esta. Pode ser mais, pode ser menos.
Em Patamuté, a família de D. Didi fazia parte do que os antigos costumavam chamar “boa família”, ou seja, gente decente, ordeira, de caráter irrepreensível: a família Matos.
Os Matos de D. Didi são da mesma estirpe do coronel Galdino Ferreira Matos (1840-1930), primeiro chefe político de Patamuté.
Por aí se vê, que D. Didi vem de família tradicional e, como tal, é um esteio que ajuda a sustentar a história de Patamuté.
Galdino Ferreira Matos está enterrado na igreja de Santo Antonio de Patamuté. O enterro em igrejas era uma prática vinda dos portugueses, muito comum na Europa.
D. Didi tem um filho – Nelson Matos Cano – paulistano nascido no bairro do Ipiranga, em São Paulo, que se interessa muito pela história de Patamuté. E história, aqui, quer significar também cultura, tradição, costume do lugar e outras coisas mais.
Ambrosina era casada com Mário Matos Lopes, filho de Maria Matos. Mário substituiu a mãe na direção da agência dos Correios de Patamuté, extinta na década de 1990.
Ambrosina era hospitaleira, espirituosa, alegre, sempre atenciosa, sorridente.
Houve um tempo em que eu frequentava a casa de Ambrosina e Mário. Tempo de boas conversas, conversas sadias, saudosas conversas.
Os filhos de Ambrosina e Mário ainda estão por aí, graças a Deus: Antonio Nilo Ferreira Lopes, Odete Matos e Solange Matos.
Post scriptum
Nelson Matos Cano leu esta crônica e me socorreu:
“D. Didi completou 96 anos neste mês de fevereiro. A foto é de 1980”.
Obrigado, Nelson.
araujo-costa@uol.com.br
Linda crônica, Walter!
Obrigado por esse texto. Dona Didi completou 96.anos nesse mês de fevereiro.
A foto é de 1980.
CurtirCurtir