Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em jantar com Lula da Silva/Reprodução UOL
Lula da Silva convidou todos os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sem exceção, para um rega-bofe na noite de 18/09/2024 na Granja do Torto, residência oficial de lazer do presidente da República.
Quem pagou a conta do caro convescote?
Evidente que os pagadores de impostos, ou seja, todos nós, mesmo e incluídos os famintos e os desamparados sobre os quais pesa a espada do poder opressor.
Dentre os atuais 31 ministros do STJ, 23 compareceram.
Comeram, beberam, sorriram, ouviram as lorotas de Lula da Silva contra o ex-presidente Bolsonaro, que é o esporte preferido do morubixaba de Caetés e foram-se para suas casas, satisfeitíssimos, buchos cheios de comidas e bebidas caras que só a elite pode desfrutar.
Enquanto isto, multiplicam-se nas ruas e nas praças pessoas famintas, mormente nos grandes centros urbanos. Em São Bernardo do Campo, terra de Lula da Silva, aumentam pedintes e desamparados de toda ordem.
Se num lampejo de lucidez uma dessas pessoas gritar por comida corre o risco de ser presa por atentar contra o Estado de Direito.
Vimos isto recentemente em Brasília, quando um morador de rua e um vendedor de água e bonés em semáforos foram presos de forma truculenta e amargaram a prisão porque circulavam em meio a pessoas que protestavam.
Não se sabe com que objetivo o presidente da República convida todos os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para falar mal do ex-presidente.
O ex-presidente Bolsonaro está até o pescoço com investigações e problemas no Judiciário, mas esta é outra história.
Agride a lógica um jantar com fins estritamente sociais, quando o assunto principal foi falar mal do ex-presidente.
Ou estamos diante da lógica da incongruência.
As ditaduras começam assim, sutilmente.
A Venezuela, por exemplo.
A ditadura chavista cooptou o Judiciário de lá que é cegamente a favor do ditador Nicolás Maduro, que Lula da Silva admira.
O filósofo francês Montesquieu (1689-1755), que criou a teoria de separação dos poderes, independentes e harmônicos entre si, certamente não tinha pensado neste lado: a vaidade confusa dos membros dos três poderes.
Entretanto, acredito num Poder Judiciário sério, moralmente inflexível e cumpridor de suas tarefas legais e constitucionais.
Assim devemos ensinar às gerações de hoje e levantarmos o archote da esperança.
Dorotheu Pacheco de Menezes no dia da emancipação/Arquivo da professora Neusa Maria Rios Menezes de Menezes
O município de Chorrochó alcança 70 anos de emancipação política neste 12 de setembro de 2024 aos trancos e barrancos. Mais aos trancos do que aos barrancos.
É constrangedor constatar que Chorrochó registra poucos avanços. Sucessivas gestões titubeantes ofuscaram as prioridades do município.
O aniversário de Chorrochó comporta outro registro, desta vez relativamente ao Legislativo.
A Câmara Municipal de Chorrochó tem um histórico de apatia e ociosidade quanto à construção do município. E a construção se faz com decisões legislativas firmes e respeito à história e às tradições.
Há senões gritantes que ofuscam o caminhar de Chorrochó.
Arquivo da professora Neusa Maria Rios Menezes de Menezes
Por exemplo, a Câmara Municipal até hoje, salvo engano, não votou a oficialização do Hino e da Bandeira de Chorrochó, o que chega a ser um descaso.
De outro turno, do alto de minha ignorância não entendo porque o prefeito precisa editar um ato decretando o dia 12 de setembro como feriado municipal quando, em regra, o feriado municipal decorre de lei criada e votada pela Câmara Municipal.
É o que se vê no Decreto 028, de 09/09/2024 que preceitua em seu artigo 1º: “Decreta feriado municipal no dia 12 de setembro de 2024 (12/09/204), quinta-feira, alusivo ao ANIVERSÁRIO DA CIDADE”.
Das duas, uma: ou não há lei votada pela Câmara definindo o dia 12 de setembro como feriado municipal ou o decreto é desnecessário. Se houver lei, ela por si só se sustenta e prescinde de decreto regulando o mesmo assunto já estanque.
Tirantes alguns interregnos louváveis, a Câmara de Chorrochó mais se destacou como simples anuente de decisões e de atos do Poder Executivo Municipal e isto dificultou, em anos, o desenvolvimento do município. Faltou inquietude, vigilância, dinamismo e olhar atento às necessidades da população.
Cerimônia da emancipação: Ao centro o governador Régis Pacheco e a professora Maria Nicanor de Menezes/Arquivo da professora Neusa Maria Rios Menezes de Menezes
Historicamente, a Câmara tem sido generosa em dizer amém ao Poder Executivo Municipal e não avançou em direção aos interesses mais prementes da sociedade.
Todavia – e apesar de tudo isto – continuo esperançoso quando ao futuro de Chorrochó.
Esperança é como água no leite. Sempre há.
De qualquer modo, como já escrevi muito sobre o município de Chorrochó, hoje quedo-me mais aos seus encantos, até para contribuir com aqueles leitores que acham meus textos jurássicos e outros tantos que os entendem inconvenientes e abelhudos.
O escritor e jornalista francês Georges Bernanos (1888-1948) escreveu que “a única diferença entre um otimista e um pessimista é que o primeiro é um imbecil feliz e o segundo é um imbecil triste”.
Insisto em ser otimista, neste particular: que nos próximos aniversários, os munícipes chorrochoenses tenham o que comemorar. Ainda não têm.
A data é propícia para citar nomes daqueles que, dentre muitos, contribuíram ou contribuem para que Chorrochó ainda permaneça em pé, embora cambaleando:
Francisco Pacheco de Menezes, Eloy Pacheco de Menezes, Aureliano da Costa Andrade, Dorotheu Pacheco de Menezes, José Calazans Bezerra (Josiel), Antonio Pires de Menezes (Dodô), Pascoal de Almeida Lima, Sebastião Pereira da Silva (Baião), José Juvenal de Araújo, João Bosco Francisco do Nascimento, Paulo de Tarço Barbosa da Silva (Paulo de Baião), Rita de Cássia Campos Souza e, por último, Humberto Gomes Ramos.
Que os vereadores enxerguem, além da alvorada que eles nunca vêem, novos horizontes, independentemente de corrente ideológica, viés político e coloração partidária.
A data requer outra observação.
Apresentada ao público pela primeira vez no desfile cívico de 12/09/1984, a Bandeira de Chorrochó ainda não foi oficializada pelo município, por razões difíceis de entender.
A Bandeira foi idealizada por uma equipe constituída de Dr. Francisco Afonso de Menezes, Maria do Socorro Menezes Ribeiro, Maria Therezinha de Menezes, José Juvenal de Araújo, Maria Creuza Miranda dos Santos Araújo e Marina Maria de Araújo Menezes.
De qualquer forma, inobstante o descaso com que as administrações mais recentes têm tratado a história de Chorrochó, os alicerces fincados por Dorotheu Pacheco de Menezes são difíceis de ser destruídos, apesar das conhecidas e inegáveis tentativas.
O nome de Dorotheu Pacheco de Menezes tem sido omitido, esquecido, desprezado. Isto não é bom – e nunca será – para a biografia dos que hoje decidem o futuro de Chorrochó.
A história de um povo, qualquer que seja ele, deve ser contada com isenção, sem ressentimentos, sem a pequenez dos desvios e viés políticos e, sobretudo, deve assentar-se na grandeza de propósitos.
Chorrochó está precisando mostrar sua história e não escondê-la.
Que Sua Excelência o prefeito Humberto Gomes Ramos, neste ocaso de sua cambaleante administração e os excelentíssimos e digníssimos vereadores tenham sucesso em suas atuações em prol de Chorrochó e de seu povo.
Parabéns Chorrochó.
Post scriptum:
Lembro, com tristeza, que este é o primeiro 12 de setembro que não podemos comemorar o aniversário de nascimento da professora Maria do Socorro Menezes Ribeiro, filha de Izabel Argentina de Menezes (D. Biluca) e de Dorotheu Pacheco de Menezes, esteio e baluarte da luta pela emancipação de Chorrochó.
“Não se pensa sobre o futuro sem julgar o presente.” (Celso Furtado, 1920-2004)
Vereador Rogério Bahia/Arquivo pessoal do vereador
O município de hoje – qualquer que seja ele – está asfixiado por comodismo, incompreensões e vaidades.
A Câmara Municipal que representa o povo faz proposições, solicitações, consultas, pedido de informações, indicações, moções e, precipuamente, cuida da criação das leis, além de atribuições outras que lhe são adstritas.
É um cipoal de atribuições sob a responsabilidade do vereador que pode servir-se delas para trabalhar em benefício da população.
Por óbvio, os vereadores têm papel fundamental na vida da sociedade local, de modo que se agigantam à medida em que se preocupam com a população e suas demandas mais prementes.
Entretanto, muitos se enveredam pelo caminho dos interesses pessoais, aliam-se ao chefe do Executivo e muitos deles simplesmente passam a legislatura referendando atos do Poder Executivo, de tal forma que se apequenam e arranham a nobre função de vereador.
Ouso conjecturar que também é dever da Câmara Municipal se manter em permanente vigília em favor da população e não somente através de discussões protocolares aventadas por ocasião de sessões convocadas por força regimental.
Trata-se de perspectiva de mudança das mentalidades, de vislumbrar luz para clarear e interpretar os anseios da população.
Contudo, a nobreza do vereador é sustentar-se na soberania do voto popular e direcionar-se em consonância com a vontade do povo. Não há credencial mais legítima, mais lídima, mais pujante.
O vereador Rogério Quintino Bahia tem seguras chances de ser reconduzido à Câmara Municipal.
Rogério Bahia é advogado com sólida experiência em seu mister, educado no Colégio Dr. Edson Ribeiro, de Juazeiro e graduado pela UNIFENAS de Minas Gerais, universidade bem situada e reconhecida no contexto da educação nacional.
O pai Gilberto Bahia Filho (Gilbertinho) e o avô Gilberto da Silveira Bahia foram prefeitos de Curaçá, de modo que tradição, conhecimento político e experiência lhe credenciam para continuar na Câmara Municipal.
Rogério Bahia tem histórico de dedicação ao município: é de sua autoria o Código de Cultura de Curaçá e a lei que tornou de utilidade pública o Acervo Curaçaense, que cuida da preservação da história de Curaçá, dentre outras atribuições.
Ademais, Rogério Bahia tem atuado em favor do trabalhador rural e da agricultura familiar. Como parte dessa atuação, vem viabilizando poços artesianos, cisternas e forrageiras tão fundamentais para o dia a dia do homem do campo.
Dinâmico, preparado intelectual e politicamente, a continuidade do insigne vereador Rogério Bahia na Câmara Municipal pode significar novos caminhos e a esperança de um novo amanhecer para Curaçá.
Se a sociedade não pode igualar os que a natureza criou desiguais, cada um, nos limites da sua energia moral, pode reagir sobre as desigualdades.” (Rui Barbosa, 1849-1923, Oração aos Moços).
Anselmo Filho/Arquivo pessoal
Anselmo Vital Matos Filho vem despontando para a vida política de Curaçá há algum tempo.
Ainda jovem e com formação em engenharia agronômica, Anselmo Filho empunha vistosas bandeiras com o intuito de robustecer o direito dos que não têm voz e precisam ter voz.
Anselmo Filho disputa uma vaga na Câmara Municipal de Curaçá nas eleições de outubro vindouro.
É razoável conjecturar que Patamuté lhe dá suficiente sustentação eleitoral, consideradas suas raízes fincadas no distrito ou, pelo menos, a lógica tende a dizer assim.
Anselmo Filho é descendente da estirpe de Francisco Ferreira Vital e Otaviano Matos, exemplos incontestes de retidão de caráter e honradez, quando se trata da história de Patamuté.
Anselmo Filho vai se submeter à voz das urnas nesse momento de clara turbulência ideológica e acentuado descrédito por que passam os atores da atividade política em todas as esferas.
Mais do que isto: a chamada polarização em todos os níveis do espectro político empurrou as pessoas para o fanatismo e lhes tolheu a capacidade de convivência sadia e responsável. O apoio a esse ou aquele candidato beira a ofensa e o desrespeito aos adversários.
Estamos numa quadra do tempo em que a política é vista com reservas, embora a essencialidade da democracia esteja na atividade política. O viver democrático tem mecanismos para depurar a conduta do homem público.
O pai Anselmo Vital Matos, conhecido por seu ativismo desde a juventude, deve contribuir com considerável lastro eleitoral construído em anos de atividade política, inclusive na Câmara Municipal.
Anselmo Vital Matos/Arquio pessoal
Extraí alguns pilares do pensamento político de Anselmo Filho em saudável contato que tive com ele em 2020.
Esses sustentáculos deixam claro que a visão do jovem candidato não se restringe ao Legislativo Municipal, de modo que seu interesse se vincula a um ideário mais amplo, contextualizando-o noutros segmentos da sociedade.
A seguir, em resumo e sinalizados com aspas, alguns pontos principais da linha de pensamento de Anselmo Vital Matos Filho.
Papel do jovem na política
“O jovem é um dos grandes contribuintes para a nossa sociedade. Cada dia que passa os jovens se interessam cada vez mais e querem representar algo, liderar algo, representar o seu povo, representar aqueles que não têm voz e representação no legislativo”.
Juventude de Curaçá
“A juventude em Curaçá precisa ocupar os espaços de poder, participar dos movimentos políticos, se informar sobre os posicionamentos das decisões políticas.
Infelizmente como em quase todos os lugares do Brasil, os jovens de Curaçá não têm se sentido atraído ativamente pela política.
No meio desse cenário, trago propostas para a juventude, meio ambiente, para a questão social e pretendo dar uma outra cara à Câmara de Vereadores. Quero convocar toda a juventude para participar dessa busca de solução para os problemas da juventude.
Não se resolve de uma hora para outra e sim com um mandato coletivo participativo”.
Distritos, associações e comunidades rurais
“Hoje mais do que nunca, vejo a necessidade de apoio ao meu distrito de Patamuté e demais distritos, como também, as associações, comunidades rurais, estudantes, jovens, comerciantes, esportistas, fazendeiros e outros que passam pela falta de atenção, assim como a implementação de políticas que apoiem a estrutura e desenvolvimento de todos.
Somos um município rico, com grutas, áreas irrigadas, beira de rio, mineração e ilhas e tudo isso é importante para o desenvolvimento do lugar”.
Jovens do meio rural
“Os jovens das áreas rurais passam por uma desassistência enorme. Existe falta de cursos preparatórios, ensino de qualidade para que se tenha um futuro próximo engajado no que o mercado atual precisa.
São dificuldades que vamos procurar soluções não só através do governo federal, e sim municipal também.
É preciso implantar novas formas de que os jovens tenham mais crescimento. É preciso implantar escolas integrais para se ter uma base do ensino fundamental ao médio para se ter uma maior facilidade no engajamento no mercado e vestibulares, cursos preparatórios, universidades, qualificação profissional e oportunidades na área do esporte com um projeto participativo”.
Representação de Patamuté no Legislativo Municipal
“Patamuté não tem uma representação que cobre e conheça a realidade do nosso povo, a falta de água, a falta de luz e a escassez de um representante que seja o porta-voz do nosso povo.
Falta uma participação no Poder Legislativo daquele que conhece a luta diária dos moradores, comerciantes, associações, estudantes, produtores rurais e do nosso lugar.
É preciso ouvir todos em um programa participativo para que assim possamos tomar medidas à altura”.
Mercado Municipal de Patamuté
“A avaliação que eu faço do mercado é que o mercado por ser o local em que se deve vender verduras, roupas, artesanatos, carnes e demais opções e hoje não tem estrutura para receber tudo que desejamos.
O estado crítico fez com que a feira em dia de sábado em Patamuté se afastasse do público.
Hoje o que vemos é a cada dia que passa a nossa tradição de ir à feira de Patamuté dia de sábado está se afastando”.
Juventude e sonhos:
“Precisamos incentivar a escola a se contextualizar com a nossa região. Desejo uma escola que prepare os nossos jovens a viver no campo com toda tecnologia necessária e que possa ajudá-los a ter uma formação que possa ser usufruída fora daqui também.
Sonho com toda juventude formada em cursos profissionalizantes, pré-vestibulares e universidades para que todos possam crescer no mundo atual, o que é necessário para o nosso crescimento.
Sonho com os jovens ingressando em universidades, empreendendo do seu próprio conhecimento. Sonho que pode se tornar realidade.
Sou um jovem sonhador, desejo ser o representante dos jovens, agricultores, estudantes, professores, das associações e esportistas da minha cidade e querido distrito de Patamuté, enquanto vereador.
Vou encampar melhorias e cobrar para que Patamuté seja digno daquilo que merece.
Sonho por dias melhores, com estradas boas, água nas fazendas, energia para aqueles que mais precisam e acima de tudo procurar sempre escutar a população.
Costumo dizer que o bom político não é aquele que sabe falar e sim aquele que sabe escutar e executar.
Em meu mandato o povo terá voz para seus clamores. O homem do campo precisa de atenção e ser escutado”.
Como se vê, o candidato Anselmo Filho tem boas ideias, mas depende das urnas, da vontade do eleitor e da soberania popular.
Maria de Fátima de Araújo/Reprodução perfil facebook
Maria de Fátima de Araújo submeteu seu nome ao crivo da vontade popular e se candidatou a vereadora de Curaçá nessas próximas eleições de outubro de 2024.
Conheço bem Maria de Fátima de Araújo.
Fomos colegas de classe no Colégio Municipal Professor Ivo Braga, de Curaçá, em longínquo tempo que a saudade cutuca diuturnamente.
Aliás, o Colégio Ivo Braga é um celeiro na formação de grandes profissionais, exceto este insignificante escrevinhador que não levou a sério as lições dos seus mestres.
Entretanto, não é somente por ter sido colega da hoje candidata a vereadora do altaneiro município de Curaçá, mas porque sempre acompanhei, embora à distância, seu desenvolto e sério trabalho e dedicação à causa do município e de sua gente.
Fátima sempre fez bem feito o que se propôs, nos limites de sua especialidade e competência.
Quanto ao seu caráter, entendo-o irrepreensível. Fátima é digna, conspícua, impressionantemente humilde.
Maria de Fátima de Araújo ostenta alguns feitos louváveis em sua rica biografia: foi secretária municipal de Saúde de Curaçá, coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e funcionária da Fundação SESP.
Em 2013, Maria de Fátima deixou a titularidade da secretaria municipal de Saúde em meio a descontentamento com o então prefeito Carlos Luiz Brandão Leite que aqui não vem ao caso recordar. Apenas um registro histórico.
Conduta louvável da ex-secretária Fátima, que à época reputei acertada em artigo recepcionado pelo Boletim Curaçá, dirigido na ocasião pelo ínclito Elias Fonseca, rapaz que prezo muito e admiro.
Longe de ser um “político cortiça”, que nunca afunda, o prefeito Carlos Luiz Brandão Leite, de boa cepa e linhagem familiar honrada e respeitada, acabou afundando-se politicamente, o que foi uma pena para os esperançosos filhos de Patamuté aos quais me incluo com subida honra.
Convenhamos, perder uma secretária do porte moral de Maria de Fátima de Araújo, robustecida na honradez e decência do pai Joel Vieira de Araújo e da mãe Maria Gonzaga de Araújo, não é uma medida acertada para qualquer prefeito, independentemente do espectro político a que pertença.
Mãe de família exemplar e bem estruturada – tem quatro filhos, salvo engano – Maria de Fátima de Araújo carrega respeitáveis parâmetros profissionais e gigantes credenciais para representar Curaçá na Câmara Municipal.
Contudo, a voz das urnas é soberana e vai escolher os nomes que entender melhores para Curaçá.
“As tradições são o passado que se faz presente e tem a virtude de se fazer futuro” (Tobias Barreto, filósofo e jurista sergipano, 1839-1889)
A vereadora e atual presidente da Câmara Municipal de Chorrochó, Sheila Jaqueline Miranda Araújo (Sheila de Zé Juvenal), deve ser reconduzida à Câmara Municipal.
Vereadora Sheila Araújo/Arquivo da vereadora
A vereadora Sheila ostenta respeitável patrimônio político-eleitoral advindo de seu pai José Juvenal de Araújo, que foi prefeito do município e um dos políticos mais conhecidos da região.
José Juvenal faleceu em 2015 e deixou sólido lastro de sua participação na história política de Chorrochó.
Ademais, ainda se soma ao acervo político da vereadora Sheila Araújo outro patrimônio eleitoral que não chegou a se dissipar no decorrer do tempo: a credibilidade e o caráter irrepreensível do avô Oscar Araújo Costa.
Vale um registro: a essência do engendramento político do município de Chorrochó passava, necessariamente, pela liderança de Oscar Araújo Costa e ramificações dele decorrentes.
Oscar foi o esteio, a estrutura, o início do caminhar e o olhar que enxergava a política como meio de vislumbrar melhores dias para a população do município.
Líder no povoado de Caraíbas e circunvizinhança, Oscar Araújo Costa era casado com a elegante e altiva Umbelina Miranda de Araújo (D. Bela) e com ela construiu base familiar e política sólida e respeitável.
Os domínios de Oscar, além de Caraíbas, compreendiam as fazendas Poço Comprido, Riacho dos Bois, Sítio do Belchior, Retiro, Perdidos, Angico, Poço Verde, Alto Bonito e Limpo Grande, dentre outras.
O lugar onde viveu e construiu sua liderança política acabou ficando conhecida como Caraíbas de Oscar.
Houve uma quadra do tempo em que toda e qualquer decisão política de Chorrochó passava pelo crivo de Oscar Araújo Costa, Dorotheu Pacheco de Menezes e Antonio Pires de Menezes (Dodô), que costuravam apoios e conjecturavam estratégias. Mais do que isto: definiam caminhos.
A liderança política de Oscar foi-se transferindo paulatinamente ao filho José Juvenal de Araújo, cuja história de vida e dedicação à causa do município de Chorrochó são sobejamente conhecidas e não comportam quaisquer outros acréscimos.
À vista desta história de dedicação à causa de Chorrochó, natural que a vereadora Sheila Jaqueline tenha herdado, com sabedoria política exemplar, a inegável credibilidade construída pelo avô Oscar Araújo e o pai José Juvenal.
São as tradições que se fazem presentes na vida política da vereadora Sheila.
Isto vem se traduzindo em votos. Nas vindouras eleições de outubro as urnas deverão assegurar mais um mandato à vereadora Sheila de Zé Juvenal.
“Não se constrói sem aglutinar e não se muda sem dividir. Para saber quando aglutinar e quando dividir, não basta ter senso de oportunidade. É preciso ter visão” (Roberto Mangabeira Unger)
Lívio Fonseca/Perfil facebook
Em 1988, Dorotheu Pacheco de Menezes, que ostentava vistosa liderança em Chorrochó, indicou Luiz Pires Monte Santo, com base eleitoral em Várzea da Ema, para disputar a eleição de prefeito do município.
O candidato a vice-prefeito na chapa de Luiz Pires era um senhor virtuoso e decente de Barra do Tarrachil: Ariçon Gomes de Souza, da estirpe de Bento Freire de Souza.
A linhagem familiar de Ariçon Gomes de Souza faz parte da estrutura genealógica de Barra do Tarrachil e persiste com as gerações que se seguiram até os dias de agora.
Barra do Tarrachil vive política, respira política, ensina política.
Terra de próceres experimentados, de lá saíram, além de conspícuos vereadores, os prefeitos Pascoal de Almeida Lima, João Bosco Francisco do Nascimento, Rita de Cássia Campos Souza e o atual Humberto Gomes Ramos, visto, por alguns, como defensor de sua gente e nem tanto na opinião de outros.
Barra do Tarrachil conduz-se abraçada ao Rio São Francisco que lhe dá vida, banho e encantamento sob as bênçãos de outro Francisco, o excelso padroeiro do lugar, que por lá se entronou nos idos de 1959.
Em 1988 Barra do Tarrachil se deslocou alguns quilômetros do traçado original, mas manteve as tradições, a hospitalidade, o cenário político e a grandeza de seus moradores.
As expectativas das eleições de 2024 em Chorrochó sinalizam cenário um tanto previsível no que tange à composição da Câmara Municipal.
Todavia, parece razoável presumir que alguns outros nomes podem surgir da vontade das urnas para fazer parte da Edilidade, considerando um pouco mais de duas dezenas de candidatos.
Messias Lívio Fonseca de Souza, aparece no cenário político do município com seguras chances de êxito nas urnas, ressalvados eventuais tropeços na reta final da campanha eleitoral.
Lívio Fonseca há algum tempo vem atuando em defesa de pessoas desamparadas, com destaque na área de saúde. Pode parecer pouco, mas é assim que os caminhos do futuro político começam a ser estruturados, mormente em municípios carentes, que dependem continuamente do empenho diuturno de seus líderes.
O fato é que Barra do Tarrachil mantém vantajosa liderança política no município de Chorrochó. Além de prefeitos, o distrito sempre sustentou razoável representação na Câmara Municipal.
Em 2024, desenha-se um cenário em que Lívio Fonseca deve participar mais acentuadamente da vida político-partidária de Chorrochó com provável chance de ocupar uma vaga na Câmara Municipal a partir de 2025.
Por óbvio, tratam-se de conjecturas, de possibilidades, de um olhar no horizonte político de Chorrochó.
Lívio Fonseca carrega, assim entendo, a honradez de Ariçon Gomes de Souza, que soube portar-se dignamente na vida política de Chorrochó, de modo que deixou inscrita sua participação ativa na história de Barra do Tarrachil.
Post scriptum:
Em 2022, não me recordo o mês, Lívio Fonseca esteve em Patamuté, distrito de Curaçá, em companhia de amigos. Salvo engano, num daqueles passeios de motocicletas que amigos, em grupo, costumam fazer até a gruta de Patamuté.
Sabedor de que sou filho de Patamuté, Lívio telefonou de lá. Conversamos um pouco, aliás pouquíssimo, mas a surpresa me envaideceu.
Achei bonito o gesto, gostei da lembrança que ele teve deste insignificante escrevinhador. Sou-lhe grato pela atenção.
As ideias dos líderes políticos tradicionais de Chorrochó soterraram-se no tempo.
O marasmo tomou conta do ambiente político. O mesmo grupo se sustenta há décadas agarrado ao poder municipal, menos em razão de eficiência da gestão pública e mais tendo em vista ausência de oposição vigorosa capaz de apontar os melhores caminhos para Chorrochó.
Entretanto, oportuno registrar: esse grupo está legitimamente sustentado na vontade popular, na voz das urnas. Logo, soube melhor engendrar os meandros da política local.
O papel da oposição, por óbvio, não é somente criticar atabalhoadamente, mas apontar ideias e caminhos viáveis que os levem à solução das reivindicações mais prementes da população.
“Toda ideia precisa de outra que se lhe oponha para aperfeiçoar-se”, dizia o filósofo alemão Hegel (1770-1831). Daí o papel da oposição e a consequente submissão dos gestores públicos aos antagonismos sadios e responsáveis.
Eloy Pacheco de Menezes Netto (União Brasil) entrou na disputa para prefeito nas próximas eleições de outubro, amparado por um pequeno grupo que gravita em torno de sua família. Este reduzido grupo carrega grande robustez moral e inegável vínculo de participação na vida política do município.
Cleide Rone, companheira de chapa e candidata a vice, é do povoado de São José.
Deste grupo fazem parte, dentre outros: Adriana de Araújo Menezes (Adriana Vaqueira) e Marina Maria de Araújo Menezes (Marinalva de Oscar), duas lideranças que veem contribuindo eficazmente com a história política de Chorrochó.
Integra esse grupo de apoio a Eloy Netto o Dr. João Eloy de Menezes, nome de grande envergadura moral que enriquece sobremaneira Chorrochó, sua gente e suas tradições.
O Dr. João Eloy de Menezes se destaca na constelação dos grandes homens de caráter irrepreensível, com raízes fincadas em Chorrochó e exemplo de dignidade pessoal e profissional.
Vai daí que Eloy Netto está bem lastreado em seu desiderato político, embora deva enfrentar, nas urnas, considerável estrutura político-eleitoral capitaneada pelo prefeito Humberto Gomes Ramos que apoia seu vice Dilan Oliveira.
O candidato do União Brasil promete trazer de volta para o município esperança e “atenção devida à comunidade”.
Eloy Netto vem de tronco familiar com fortes esteios na história de Chorrochó: Os avós Oscar Araújo Costa e Eloy Pacheco de Menezes, ambos construtores de sólidos andaimes políticos que sustentam, até hoje, os pilares do município.
O tio de Eloy Netto, José Juvenal de Araújo, construiu base política e respeitável em Chorrochó, de modo que soube adequar sua vida política ao interesse público nas ocasiões em que assumiu o Executivo Municipal. José Juvenal foi um gigante da política do município.
De qualquer forma, Eloy Netto assume a trincheira, antes abandonada, para tentar resgatar e reerguer a história política dos Menezes de Chorrochó mutilada em razão de interesses que acabaram tornando-a acéfala e carente de líderes atuantes e permanentes.
Não é exagero conjecturar que esse pequeno grupo político que idealizou e apoia a candidatura de Eloy Netto poderá, no futuro, tornar-se significativo na política de Chorrochó, independentemente do resultado das urnas de outubro vindouro.
Em 21/08/2024 faleceu a cantora carioca Diana (1948-2024), nascida Ana Maria Siqueira Iório, no Bairro do Botafogo.
Diana começou a carreira em 1969. Em 1972 lançou Ainda Queima a esperança que fez muito sucesso, letra e música de Raul Seixas.
Vieram Fatalidade, Porque brigamos, Quero te ver sorrindo, Foi tudo culpa do amor, Tudo que eu tenho e tantas outras conhecidas.
Em 2014 a cantora Bárbara Eugênia homenageou Diana no teatro Paulo Autran em São Paulo. Diana estava lá e cantou com muito brilho, carisma e humildade, como se fosse em dias de antigamente.
Conhecida pela inquietude e temperamento quente, no palco Diana era a referência da música romântica e o retrato de uma época que marcou jovens e criou admiradores.
Ainda morando no sertão da Bahia, fiz parte da juventude que ouvia Diana. Juventude alegre, cheia de esperança e até de “fatalidades”.
São traços que nós, daquele tempo, carregamos ainda hoje: a valorização do amor e da amizade, o desprezo às futilidades.
Vivíamos abraçados aos sonhos, construindo nossa história, nossa vida e carregando a esperança.
Vereador Beto de Arnóbio (PT)/Crédito: arquivo do vereador
“Governo existe para fazer as coisas difíceis. As fáceis a gente mesmo faz.” (Chico Heráclio, 1885-1974, o último dos coronéis do Nordeste, Limoeiro-PE).
Luiz Alberto de Menezes (Beto de Arnóbio) é vereador em Chorrochó, município do submédio São Francisco encravado no sertão da Bahia.
Salvo engano, o vereador está no quarto mandato, o que chega a ser normal na história de qualquer Legislativo em quaisquer esferas.
Beto de Arnóbio tem se destacado pela combatividade e pela coerência com sua história partidária, de modo que mantém-se no Partido dos Trabalhadores (PT) e, parece, continuará nas fileiras da agremiação, mesmo quando retirar-se da vida pública, se vier a deixar algum dia.
A vereança nos municípios do interior baseia-se mais na proximidade e nos laços de amizade dos eleitores com os vereadores do que, propriamente, no desempenho destes frente à coletividade.
Neste particular, parece que o vereador Beto de Arnóbio cultiva duradouras amizades, o que tem atraído razoável fidelidade dos seus eleitores.
É indubitável que o vereador Beto de Arnóbio tem sido vigilante com a coisa pública, de modo que é vasta sua atuação no que tange às proposições submetidas ao plenário da Câmara Municipal, tais como indicações, pedidos de informação e de solicitação, pedidos de providências ao Executivo et cetera.
Tenho acompanhado algumas delas ao longo do exercício de seus mandatos, inclusive reivindicações de interesse do município junto às autoridades estaduais.
Como o município é uma instituição político-jurídica onde se reúnem os mesmos ideais e interesses da sociedade, cabe ao vereador, qualquer que seja ele, interpretar os anseios e sentimento da população, de tal modo que não se deixe contaminar pela mesmice quanto aos vícios tão comuns na atividade parlamentar, muitos deles alheios às necessidades da população e, por conseguinte, abomináveis.
Parafraseando o lendário coronel de Limoeiro, o vereador deve reivindicar as coisas difíceis, porque as fáceis seguem outro caminho.
Entretanto, ocorre que a prática política não cuida das coisas difíceis a contento e a população acaba ficando à mercê do descaso imposto pela vontade das autoridades, nem sempre preocupadas com a coletividade.
O vereador Beto de Arnóbio vem de uma família de políticos respeitáveis que lutaram, cada um a seu modo e no seu tempo, em defesa de Chorrochó, consideradas as precariedades da ocasião.
Em 1954, em decorrência da emancipação do município, o avô materno Eloy Pacheco de Menezes foi nomeado, por decreto do governador Luiz Régis Pacheco Pereira, para exercer, em caráter provisório, as funções de gestor dos serviços municipais, enquanto não se realizavam as primeiras eleições que se deram a 03 de outubro de 1954, quando foi eleito o primeiro prefeito Aureliano da Costa Andrade.
Eloy Pacheco de Menezes tinha caráter inflexível, reputação ilibada e impressionante disposição e capacidade de defender os valores de Chorrochó tão espezinhados nos dias de hoje.
Ademais, o núcleo familiar mais próximo de Beto de Arnóbio por si só lhe deu sustentação moral irrepreensível: a mãe Maria Menezes (Pina) e o pai Francisco Arnóbio de Menezes.
Francisco Arnóbio de Menezes merece um monumento à amizade.
O fato é que os esteios do município de Chorrochó lastrearam-se na uníssona família Pacheco e Menezes, de modo que o vereador Beto de Arnóbio afigura-se lídimo representante desse tronco político, mas parece razoável entender que o ilustre edil não priorizou a coesão de suas raízes políticas.
Noutras palavras: a família Pacheco de Menezes ficou politicamente acéfala, fragmentada, desprovida de liderança e, sobretudo, à margem do caminho que leva à preservação da continuidade histórica do município.
De qualquer forma, o vereador Beto de Arnóbio honra a Câmara Municipal de Chorrochó e tem sido uma voz robusta na defesa de suas convicções ideológicas que, de resto, é pressuposto da democracia.